Lauer se diz injustiçada e explica por que não compareceu à sessão de julgamento na Câmara de Maringá

A vereadora Cris Lauer reuniu a imprensa nesta quinta-feira, 28, para comentar a sessão de julgamento que cassou o mandato dela. A vereadora disse que foi vítima de perseguição política.
- Acompanhe o GMC Online no Instagram
- Clique aqui e receba as nossas notícias pelo WhatsApp
- Entre no canal do GMC Online no Instagram
Ela teve o mandato cassado numa sessão de julgamento que aconteceu nesta quarta-feira, 27, e durou quase três horas. Nem a vereadora e nem a defesa da parlamentar participaram da sessão.
A acusação contra Cris Lauer é que ela utilizou o trabalho de um ex-chefe de gabinete para assuntos particulares.
Na Justiça, a vereadora foi condenada à improbidade administrativa pela mesma denúncia, mas a sentença não determinou perda de função pública e nem de direitos políticos.
No Legislativo, a vereadora também teve os direitos políticos cassados.
Vinte vereadores votaram a favor da cassação. Segundo ela, o resultado não foi surpresa, mas que se sentiu injustiçada e vítima de perseguição política.
“Difícil, né?! Estou com nó na garganta ainda pela injustiça cometida. Mas ficou muito claro para Maringá que foi um ato antidemocrático, uma perseguição política. E ter os 20 votos não foi surpresa nenhuma. Eu já esperava. Hoje, a luta é pelo poder, pelo dinheiro e por posição. Eles jogam numa fogueira, eles condenam uma pessoa, eles acabam com a reputação de uma pessoa que não deve. Essa angústia, esse nó na garganta é de saber que o povo perdeu alguém que estaria ali dentro cuidando do dinheiro público”, diz.
A vereadora também explicou por que não compareceu à sessão de julgamento.
“Fui intimada na terça-feira, durante a sessão, para uma audiência marcada para o dia seguinte, quarta-feira, às 14h. Assinei a intimação ali mesmo e, em seguida, avisei meu advogado, que mora em Curitiba. Ao verificar, ele viu que já tinha uma audiência no mesmo horário em Almirante Tamandaré. Ainda na terça, antes das 18h, ele enviou um pedido à Câmara solicitando a mudança de data. Até hoje, a presidente Majô não despachou esse pedido. Sem resposta e sem meu advogado, não tinha como eu comparecer, porque é meu direito estar acompanhada de defesa”, diz.
O advogado que a acompanhava na coletiva de imprensa, Walter Akira, disse que a defesa irá recorrer da decisão.
“O jurídico está avaliando todo o processo, desde o relatório até a sessão de ontem, para apontar os vícios ocorridos na cassação. A intenção é buscar na Justiça a anulação integral do processo. Essa análise já está em andamento, mas não vamos antecipar nada, porque sabemos como a Câmara e os vereadores atuam. No momento adequado, com tudo formalizado, a ação será protocolada. O processo é público, e todos terão acesso”, explica.
O decreto legislativo com a cassação do mandato da vereadora foi publicado em diário oficial nessa quarta-feira logo após o fim da sessão. Agora o decreto será enviado à Justiça Eleitoral.
