09 de junho de 2025

Vereadora de Maringá propõe multa de R$ 20 mil para ‘mamães’ de bebês reborn em unidades de saúde


Por Thiago Danezi Publicado 22/05/2025 às 17h37
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A vereadora Giselli Bianchini (PP), de Maringá, protocolou uma solicitação de projeto de lei que propõe multa de até R$ 20 mil para pessoas que simularem situações de urgência ou emergência em unidades de saúde públicas utilizando bonecos hiper-realistas, como os chamados “bebês reborn“. A proposta, apresentada nesta semana, busca coibir o uso indevido desses bonecos em atendimentos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do município.

Na justificativa, a vereadora afirma que há relatos de pessoas que estariam utilizando os bonecos para tentar furar filas em estabelecimentos e até em simulações de emergência médica. Segundo ela, essa conduta gera prejuízos ao sistema de saúde e pode causar alarde entre pacientes e profissionais. “Mobilizam equipes médicas, ocupam salas de triagem e representam um desrespeito com quem realmente precisa de atendimento”, argumenta a parlamentar.

O projeto prevê a aplicação da multa mediante registro fotográfico ou documental da infração por parte da administração da unidade de saúde ou da autoridade sanitária. Em caso de reincidência, o valor poderá ser dobrado.

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Foto: Cristiane dos Santos/Arquivo pessoal

Discussão sobre o tema também envolve outro parlamentar

O debate sobre o uso de bonecos hiper-realistas em espaços públicos também envolveu o vereador Luiz Neto (Agir), após circular um documento preliminar que mencionava a criação de uma política municipal voltada ao acolhimento psicossocial de mulheres que perderam filhos e desenvolveram vínculos afetivos com bonecos do tipo “bebê reborn”.

Em nota enviada ao portal GMC Online, o vereador esclareceu que o texto se tratava apenas de um rascunho interno, elaborado por um assessor durante o processo de escuta de demandas do gabinete. Segundo ele, o material foi arquivado e não reflete a proposta oficial do mandato.

Luiz Neto confirmou que trabalha em um projeto relacionado ao tema, mas com foco no apoio psicológico a mães enlutadas em diferentes contextos de perda como gestacional, neonatal ou infantil e não especificamente ligado ao uso de bonecos. “Nosso compromisso é com políticas públicas responsáveis, construídas com base no diálogo e no respeito à dor das famílias”, afirmou o parlamentar.

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