‘Vamos implementar o transporte 100% gratuito’, diz Professora Ana Lucia, pré-candidata à Prefeitura de Maringá
A vereadora Professora Ana Lucia Rodrigues (PDT), que é pré-candidata à Prefeitura de Maringá, participou na manhã desta sexta-feira, 13, da última entrevista da segunda rodada da série promovida pelo Grupo Maringá de Comunicação. O itinerário de Ana Lucia contou com entrevistas para a Rádio Maringá FM, Portal GMC Online e CBN Maringá.
Durante entrevista ao GMC Online, a pré-candidata respondeu a perguntas de leitores e comentou sobre questões acerca do transporte público municipal e da mobilidade urbana, além de saúde e segurança pública e valorização dos servidores públicos.
“A solução, certamente, não é continuar incentivando a ‘cidade do automóvel’. Por quê? Porque essa é uma solução que não soluciona. Você ter no automóvel a única forma de mobilidade, para uma cidade como Maringá que vai crescer cada vez mais, é um problema, não é uma solução, e é isso que a gente está assistindo. A solução é transporte coletivo. Não tem mágica, não tem projeto possível que dê conta, não tem viaduto, não tem ampliação de sistema viário que resolva. Nós precisamos, neste momento, implantar ainda algumas outras vias, mas também precisamos, principalmente, de mobilidade e estrutura no transporte coletivo. Agora, o transporte coletivo, não da forma como ele está hoje. Pois hoje as pessoas fogem dele, porque é caro, ineficaz e ruim”, afirmou a pré-candidata.
A Professora Ana Lucia comentou sobre a gratuidade do transporte coletivo, que é uma política implementada em outras cidades do país e que pode ser feita em Maringá.
“O transporte coletivo precisa, primeiro, caminhar para a tarifa zero. Sem dúvida, a tarifa zero é possível e é um direito que está assegurado, porque o transporte é um direito social, assim como a saúde, educação, assistência, o transporte também é. Portanto, os governos, em todos os níveis, tem que assumir, colocar recurso no orçamento, para implementar a tarifa zero. […] nós precisaremos de subsídio estadual e federal, mas o Município também tem que fazer a sua parte, se comprometer em renegociar esses contratos que estão em andamento. É bastante possível fazer isso porque mesa de negociação serve pra isso.”
PROFESSORA ANA LUCIA COMENTA SOBRE A SAÚDE PÚBLICA EM MARINGÁ E VALORIZAÇÃO SALARIAL DOS SERVIDORES
“A saúde é o puxa-fila das reclamações e, de fato, apesar de termos fila de cirurgias, o grande gargalo está na saúde básica. Nós precisamos, sem dúvida, investir pesado na saúde básica, porque ela, inclusive, desafoga todo o sistema pra cima, desafoga filas de consultas especializadas, se a pessoa tiver o tratamento na saúde básica, talvez ela não precise chegar a fazer uma cirurgia, isso pode ser evitado. Então, o primeiro é a prevenção […]. Neste sentido, a gente precisa de mais pessoas atendendo, a gente tem o nosso servidor público com excesso de atividade, cada vez menos pessoal atendendo. Nós ampliamos as unidades básicas de saúde e não ampliamos o quadro de funcionários, não fizemos concurso. É pouca gente entrando e muita gente saindo, já aposentada. A gente precisa ter equipes maiores, nós precisamos ter realmente os pisos salariais assegurados e as condições de trabalho para os nossos servidores da saúde, que a gente sabe que são fundamentais e a pandemia mostrou isso”, comentou Ana Lucia.
SEGURANÇA PÚBLICA EM MARINGÁ É DEVER DO ESTADO, MAS MUNICÍPIO PRECISA FAZER SUA PARTE
“A relação do Município, especialmente com o governo estadual, é muito importante. A segurança pública nós sabemos que não é um dever do Município. Temos que cuidar do básico, inclusive, tínhamos apenas a vigilância patrimonial, nós nem tínhamos a vigilância civil […] e hoje a Guarda Civil já está transformada em uma guarda que cuida exclusivamente dos processos de criminalidade. Mas é preciso, de fato, que Maringá use o seu poder de ser a terceira cidade do estado, para primeiro conseguir efetivo policial. A sensação de insegurança será rompida com o aumento do policiamento. […] Maringá tem hoje o mesmo número de policiais que tinha há 20 anos. […] Maringá merece um efetivo policial maior”, disse a pré-candidata Professora Ana Lucia.
