Pesquisa aponta Lula como pior que Bolsonaro em inflação e segurança
O levantamento ouviu 2.004 eleitores e comparou a avaliação popular dos dois governos em oito áreas diferentes
Uma pesquisa do Instituto Datafolha divulgada nesta sexta-feira, 13, mostra que a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem sido percebida pela população como inferior à do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em temas sensíveis como controle da inflação e segurança pública.
O levantamento ouviu 2.004 eleitores nos dias 10 e 11 de junho, em todo o país, e comparou a avaliação popular dos dois governos em oito áreas diferentes. Os resultados indicam desafios crescentes para a imagem de Lula em pontos considerados centrais para a vida cotidiana dos brasileiros.
Inflação: maior desvantagem de Lula frente ao antecessor
A pior avaliação de Lula em comparação a Bolsonaro é no controle da inflação, especialmente nos preços dos alimentos, um dos temas que mais afetam diretamente a população.

Segundo a pesquisa, 50% dos eleitores consideram que Lula vai pior que Bolsonaro nesse quesito. Outros 29% veem o atual presidente como melhor, enquanto 17% acreditam que ambos têm desempenhos equivalentes.
Entre os eleitores de baixa renda (até dois salários mínimos), a percepção é um pouco menos negativa: 43% consideram Lula pior que Bolsonaro, 33% o veem como melhor, e 20% apontam empate. Por outro lado, entre os mais ricos (acima de 10 salários mínimos), a crítica é mais severa: 68% acham que Bolsonaro foi melhor no controle de preços.
Segurança pública também é ponto fraco para o atual governo
A segurança pública também aparece como um ponto crítico na comparação entre as duas gestões. De acordo com o Datafolha, 46% dos entrevistados consideram Lula pior que Bolsonaro nesse tema, enquanto 29% avaliam que o petista tem desempenho superior e 22% enxergam empate.
Esse resultado reforça um padrão histórico observado no Brasil: governos de esquerda costumam enfrentar maior desconfiança da população na área de segurança, o que pode se tornar um obstáculo adicional para Lula em um eventual cenário de reeleição ou fortalecimento de base política.