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15 de janeiro de 2025

‘Precisamos acompanhar mais o atleta que representa o município’, diz secretário Biazon


Por Letícia Tristão/CBN Maringá Publicado 15/01/2025 às 17h06
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Na Série de Entrevistas com os secretários municipais de Maringá, Paulo Biazon, da Secretaria de Esportes e Lazer, explicou as atribuições da pasta e disse que fará mudanças na estruturação de cargos e funções. Segundo ele, os editais para credenciamento de entidades e associações devem ser lançados em breve, e haverá mudança nos valores repassados.

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Foto: GMC Online

De acordo com o secretário, é preciso acompanhar mais o atleta financiado pelo município e há a intenção de criar credenciamento para profissionais de educação física.

LEIA MAIS na Série de Entrevistas:

Confira a entrevista concedida à CBN Maringá:

Qual é o principal desafio que o senhor acha que vocês vão enfrentar?

— Agora, de início, o caminho da secretaria. Esse norte que a gente decidiu, que é o que a gente quer tentar fazer, que é o esporte de base mesmo, o esporte pra qualidade de vida, o lazer pra população maringaense aos finais de semana. Então, esse desafio, até a gente conseguir fazer ele caminhar, ele rodar, eu acredito que a gente vai demorar um tempinho. Não muito longo, mas eu acredito que a gente vai ter essa dificuldade no início.

O que é a atribuição da Secretaria de Esportes e Lazer? Quais são os equipamentos que vocês fazem a gestão?

— Nós temos hoje a Vila Olímpica, o Estádio Willie Davids, o Ginásio Valdir Pinheiro, o Ginásio Chico Neto, a piscina da Vila Olímpica, que nós trabalhamos com os servidores e com parcerias. Essas parcerias são as associações esportivas que recebem um recurso do município e atendem os atletas do município. E nós também temos as parcerias com os times de futebol, que alugam o estádio e fazem algumas melhorias no estádio. Nós temos também os centros esportivos, alguns estão em reforma e estão terminando de ficar tão bom quanto o CSU, o Alvorada, que o pessoal viu. Então, nós estamos com esses equipamentos se tornando cada vez melhores para a nossa população. Nós temos os parquinhos da cidade, as ATIs da cidade, os centros esportivos, como dito, alguns espaços no Parque Linear, como as quadras, as tabelas de basquete. Então, a gente está tomando conta de muita coisa agora.

Em relação ao orçamento, como que está para esse ano? Toda essa redistribuição com as associações, como vai funcionar isso?

— Nós estamos começando com o que foi deixado para a Prefeitura de Maringá, o que foi deixado da gestão passada. E a gente está trabalhando para tentar atender todas as demandas. São muitas demandas, principalmente a demanda das entidades. As entidades fazem um trabalho fantástico no nosso município, tem atletas de nível, tem atletas que representam Maringá fora do Estado, fora do país até, até atletas olímpicos, que representaram na última Olimpíada e Paraolimpíada. Então, esse recurso, nós estamos redistribuindo para atender melhor todas as modalidades e com mais justiça. E acredito que o edital seja lançado nos próximos 10, no máximo 15 dias.

Quando o senhor diz mais justiça, por quê? O que o senhor encontrou?

— Eu encontrei, por exemplo, que na última gestão, algumas modalidades específicas tiveram um salto de orçamento. Partindo de, vamos falar, R$ 150 mil por ano para chegar a mais de R$ 500 mil por ano. E outras modalidades se mantiveram o valor. Então, nós tínhamos modalidades que atendiam, vamos supor, a mesma quantidade de atletas, mas uma recebia R$ 20 mil por ano e a outra recebia R$ 450, R$ 500 mil por ano, além de outros editais. Então, nós fizemos uma tabela desses valores. Por exemplo, a Associação de Vôlei de Praia, nos últimos anos, ela recebeu mais de R$ 2 milhões, enquanto a Associação de Kung Fu recebeu R$ 100 mil. Então, é uma desproporção, uma diferença que a gente entendeu que não podia ser dessa forma. E a gente precisava ajudar, realmente, o esporte de Maringá. Quem está lá no chão da fábrica, quem está fazendo o esporte acontecer para as quantidades de crianças atendidas no nosso município. E, principalmente, nas periferias do nosso município, nos bairros mais afastados do centro. Então, a gente buscou tentar dar um pouquinho de justiça. Não é o ideal ainda, mas nós vamos chegar lá.

Existem atividades feitas só pelo município, sem as parcerias com as associações?

— Temos atividades feitas só pelo município e é isso que a gente quer fomentar ainda mais. Os nossos servidores, os profissionais de educação física do município, que estão nos centros esportivos, eles estão na ponta, eles conhecem a realidade daquela comunidade. Então, nós queremos fortalecer eles, dar a independência para eles poderem trabalhar com as modalidades que eles gostam. Por exemplo, eu tenho professor que é especialista em vôlei. Eu tenho professor que é especialista em lutas. Então, usar essa especialidade deles para atender cada vez melhor a nossa comunidade.

Quais são os próximos passos da gestão?

— Agora, nos próximos dias, nós queremos lançar o edital das associações para elas terem o respaldo para continuar atuando na cidade de Maringá. Nós queremos aproximar e fazer uma reunião com todos os servidores da Secretaria de Esportes e Lazer, dando a liberdade para eles fazerem. Nós queremos ativar atividades com a terceiridade. Nós temos a ATI, que é utilizada. Nós tínhamos uma situação de recurso de contratação de profissional, que era o Bolsa Técnico. Nós queremos tentar transformar isso no credenciamento de profissional de educação física. O profissional de educação física, ele é da área da saúde, igual o enfermeiro e o médico. E isso nós fizemos na gestão passada, na Secretaria de Saúde. Credenciamento de médicos e enfermeiros. Eu quero fazer o credenciamento para dar uma segurança para o nosso profissional. Porque o Bolsa Atleta, muitas vezes, recebia 10 parcelas, 7 parcelas, 8 parcelas, dependendo do tempo que faltava o ano para acabar, e ele não tinha nenhum respaldo. Então, se o professor se machucasse, se o professor precisasse de um período para a aposentadoria, é o direito dele. Então, nós queremos tentar regularizar a situação para dar mais dignidade para o professor e ele atender ainda melhor a comunidade maringaense.

Em relação ao Bolsa Atleta, tem alguma previsão de mudança de como que está?

— Nós temos algumas situações que estamos verificando se é legal para a situação do Bolsa Atleta, para ele vir para dentro da secretaria e a gente realmente ter a noção dos nossos atletas, acompanhar eles, dar um prestígio melhor. Porque, muitas vezes, o atleta recebe o Bolsa para representar o município. Mas a gente não tem um acompanhamento nutricional, não tem um acompanhamento de percentual de gordura, de como ele está desenvolvendo, se ele está melhorando ou não. Então, a gente precisa aproximar. Nós estamos em conversação com alguns laboratórios de pesquisa para ver se a gente consegue colocar isso em prática para atender melhor e o nosso atleta estar representando Maringá, quem sabe, na próxima Olimpíada.

Ouça a reportagem completa na CBN Maringá.

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