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11 de dezembro de 2025

Secretário da Cultura de Maringá diz o que é fato e o que é fake sobre Show da Virada


Por Redação GMC Online Publicado 11/12/2025 às 10h40
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Foto: Reprodução

O secretário de Cultura de Maringá, Tiago Valenciano, aceitou o convite do GMC Online para conceder uma entrevista exclusiva e falar sobre um tema que tem gerado polêmica nas redes sociais: o Show da Virada, com a dupla Pedro Paulo e Alex, na Praça da Catedral.

Algumas postagens criticam o gênero musical escolhido, o sertanejo; outras apontam o custo do show, que consideram elevado; e tem até quem diz que a contratação da dupla, com forte ligação com Maringá, teria sido vetada pelo Jurídico da prefeitura. Confira.

GMC Online – Depois que a Secretaria de Cultura anunciou que o Show da Virada seria com a dupla Pedro Paulo e Alex, surgiram, nas redes sociais, alguns questionamentos e críticas. Uma delas se refere ao cachê, de R$ 420 mil, que estaria acima do preço praticado pela dupla.

Tiago ValencianoIsso não é verdade. Primeiro, é importante lembrar que a data do show, 31 de dezembro, é de uma demanda fora do comum para shows musicais. Há muita procura por parte de municípios, clubes, casas noturnas e os cachês sobem. Mas antes de consumar a contratação de Pedro Paulo e Alex, nós fizemos uma pesquisa de mercado e, veja só, constatamos que o cachê da dupla poderia ser bem maior. São inúmeros os fatores que impactam nos preços. Vou dar três exemplos, que inclusive constam no processo de contratação e que me disponho a enviar os documentos: no dia 27 de setembro, eles se apresentaram na Festa de Rodeio de Matão, no Estado de São Paulo. O cachê foi de R$ 550 mil. No dia 9 de agosto, fizeram show na Festa do Peão em Prata, Minas Gerais, com cachê de R$ 540 mil. E no dia 12, também em setembro, cantaram na Festa do Peão em Mirassol, São Paulo, por R$ 560 mil. Então a verdade é que Maringá fez um bom contrato, considerando que se trata de uma data de alta temporada.

GMC Online – Também vimos comparações de preços pagos por Maringá em relação a outras duas cidades do Paraná, Araruna (R$ 190 mil) e Lunardeli (R$ 165 mil). O que explica essas diferenças de preços?

Tiago ValencianoComo disse, são inúmeros os fatores que compõem os preços de um show. E é preciso entender que quem faz o preço é o artista e não o contratante. A empresa responsável pela agenda da dupla, que fica em São José do Rio Preto (SP), nos explicou por meio de nota oficial que os dois shows citados foram orçados no início do ano e que o de Araruna foi em um domingo, um dia muito acessível para os artistas. E, naquele momento, a agenda da dupla estava sendo iniciada e não havia nenhum compromisso para as datas requeridas. Além disso, nos dois casos uma série de despesas ficou por conta dos contratantes, diferente do nosso contrato, que ficou tudo por conta dos contratados. Vou citar apenas três exemplos, que estão descritos no contrato: a dupla fará show em Rondônia no dia 30 de dezembro e terá que se deslocar de avião particular para Maringá, a um custo de R$ 43,8 mil. De impostos não retidos na fonte, como PIS, Confis e outros, a dupla terá que pagar R$ 40,1 mil. E mais R$ 32,7 mil de ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) e IRPS (Imposto Sobre Rendimento de Pessoas Singulares). De cache artístico mesmo serão R$ 288,2 mil.

GMC Online – Também tem gente criticando o gênero musical e, por outro lado, fãs do sertanejo dizendo que com o cache pago para a dupla Pedro Paulo e Alex daria para contratar o Luan Santana, por exemplo.

Tiago ValencianoNão daria para contratar o Luan Santana, de jeito nenhum. Mas, primeiro, vou falar sobre a escolha do gênero musical. A orientação que nós recebemos do prefeito Silvio Barros foi no sentido de buscar artistas de renome nacional ligados a Maringá, para valorizar artistas locais. Pois bem, Pedro Paulo e Alex são nascidos em Umuarama, mas iniciaram a carreira em Maringá e um deles mora aqui. Além disso, o Show da Virada em 2019 foi com uma banda de rock, Titãs. Em 2020 e 2021, na pandemia, não teve show. Em 2022, foi uma banda de samba e pagode, o Raça Negra, e o cachê foi de R$ 550 mil. Depois, em 2023, voltou a ser pop-rock, com Paralamas do Sucesso e, no ano passado, foi um grupo de forró, o Falamansa. Por isso optamos pelo sertanejo, já que é um gênero musical muito apreciado na cidade e é inédito na Virada. Dizem até que, depois de Goiânia, Maringá é a segunda casa do sertanejo no Brasil. Quanto à comparação com Luan Santana, ele vai fazer o Show da Virada em Fortaleza (CE), por R$ 800 mil. Maiara e Maraísa vão fazer show em São Paulo, por R$ 900 mil, e Zé Neto & Cristiano vão cantar em São Luiz (MA), por R$ 800 mil.

GMC Online: É verdade que a Procuradoria Jurídica da Prefeitura vetou a contratação da dupla e mesmo assim o contrato foi feito?

Tiago ValencianoNão é verdade. Primeiro, a Procuradoria Jurídica não veta, ela emite pareceres e faz recomendações. E nós nos ajustamos a todas às recomendações sugeridas. Estamos muito tranquilos quanto à realização do show e, ao que parece, nossa proposta é de realizar um rodízio de gêneros musicais. Tivemos neste ano Gabriel O Pensador, Negra Li, Ebony, Vinny Santa Fé, duas edições da semana do hip-hop, Orquestra de Câmara de Curitiba, Sinfônica do Paraná, a abertura de um edital exclusivo para a Festa da Canção, Mês da Música, Dia do Rock, enfim, a gente fez uma diversidade de gêneros para todos os gostos da cidade.

GMC Online: Tem mais alguma coisa que o senhor gostaria de dizer e que não foi perguntado?

Tiago ValencianoSó gostaria de dizer que estão todos convidados para o Show da Virada, na Praça da Catedral. Vai ser sensacional, inesquecível.

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