Secretário da Fazenda de Maringá, como cidadão, dará coletiva para falar sobre operação da PF

Na manhã da próxima segunda-feira, 8, o secretário da Fazenda de Maringá, Carlos Augusto Ferreira, deverá conceder, em caráter pessoal, uma entrevista coletiva de imprensa para explicar o que levou a Polícia Federal a apreender quatro veículos registrados em seu nome, sendo três de luxo (Porsche, Ferrari e Mercedes Benz), na sua residência em Maringá, e um comum, no edifício onde sua filha mora, em São Paulo. Os quatro veículos foram devolvidos a Carlos Augusto na terça-feira, 2, passada.
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Quando os veículos foram apreendidos (Porsche, Ferrari e Mercedes Benz), no dia 16 de outubro, Carlos Augusto se licenciou do cargo por 60 dias, mas retornou às funções públicas menos de um mês depois, no dia 14 de novembro, a pedido do prefeito Silvio Barros. Na época, ele enviou uma nota pessoa à imprensa informando que havia prestado “todos os esclarecimentos necessários às autoridades competentes, incluindo uma oitiva com o delegado responsável pelo caso e a entrega de documentos comprobatórios”.

A nota diz ainda que a sua “equipe jurídica aguarda apenas o envio do áudio que me foi equivocadamente atribuído para concluir o laudo técnico, etapa fundamental para esclarecer definitivamente os fatos”. Na quinta-feira, 4, passada, antes do início de um evento na Prefeitura de Maringá, a reportagem do GMC Online perguntou a Carlos Augusto se a liberação dos carros se deu por conta do resultado da perícia no áudio, que motivou as busca e apreensões.
Educadamente, ele respondeu que naquele momento estava concedendo entrevista como secretário da Fazenda de Maringá e que, portanto, não falaria “como cidadão maringaense sobre assuntos pessoais”. Acrescentou que falaria, como cidadão, nos próximos dias. A partir daí bastou juntar as peças para se concluir que sim, a perícia certamente provou que a voz do tal áudio comprometedor não era a dele. No entanto, não se sabe se a perícia apontou o nome do dono da voz e onde a PF se equivocou.
As investigações da Polícia Federal, denominada Operação Mafiusi, têm como alvo um suposto esquema de lavagem de dinheiro do narcotráfico internacional por meio de Fintecs, sigla derivada da junção das palavras “finanças” e “tecnologia”. No caso, a Pinbank, com a qual Carlos Augusto iniciou um processo de negociação para prestação de serviços de auditoria, que acabou não se concretizando, Um dos donos da Pinbank, que reside em Miami, também tem Carlos no nome.
