
Um vereador de Paiçandu foi detido pela Polícia Militar sob suspeita de estelionato e será encaminhado à Polícia Civil para prestar esclarecimentos. A ocorrência teve início na manhã desta sexta-feira, após a prisão em flagrante de oito pessoas por furto de madeira e eletrodomésticos em uma chácara na área rural de Doutor Camargo, na região de Maringá.
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Segundo a PM, a equipe foi acionada via 190 para atender a um furto em andamento. Durante a abordagem, os oito detidos relataram que não estavam furtando os itens, mas que teriam comprado os materiais de terceiros. Eles apresentaram comprovantes de transferências via Pix, que totalizam R$ 19 mil, valor que, segundo o grupo, foi pago pela suposta compra.
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A partir das informações, os policiais chegaram a três suspeitos de estelionato, entre eles o vereador de Paiçandu e um menor de idade, apontado como funcionário do parlamentar. Conforme o relato policial, os comprovantes de Pix indicam que o dinheiro foi enviado ao nome do menor, que teria recebido os valores a pedido do vereador e repassado parte para a esposa dele.
A proprietária da chácara foi localizada e afirmou não ter autorizado qualquer venda dos eletrodomésticos e da madeira, o que reforçou a suspeita de que os bens foram comercializados sem consentimento do dono.
De acordo com o tenente Hélio Carvalho, da Polícia Militar, parte do material já havia sido retirada do local e estava em posse de um dos presos, em Atalaia, sendo providenciada a devolução para apresentação na delegacia. O vereador permanece detido no pelotão da PM de Paiçandu e será encaminhado à Delegacia de Maringá, onde o delegado irá avaliar a lavratura de flagrante ou a instauração de inquérito.
Ao todo, oito pessoas foram presas por furto e três encaminhadas por suspeita de estelionato, incluindo o político municipal e um menor de idade. A CBN informou que tenta contato com a defesa do vereador Wesley da Borracharia.
A Câmara Municipal de Paiçandu se manifestou na tarde desta sexta-feira, 26, após a repercussão da suposta detenção de um vereador do município, informada por forças de segurança. Em nota oficial, o Poder Legislativo afirmou ter recebido a informação com surpresa e esclareceu que, até o momento, não foi formalmente comunicado sobre a prisão ou sobre eventuais crimes atribuídos ao parlamentar.
No comunicado, a Câmara destacou que desconhece as razões que teriam levado à detenção e ressaltou que, em princípio, o caso não tem relação com o cargo político exercido pelo vereador. A Casa de Leis também afirmou que medidas administrativas ou políticas só serão analisadas após a conclusão das investigações, que estão sob responsabilidade das autoridades competentes.
“Medidas administrativas ou políticas a serem deliberadas pelo Parlamento só ocorrerão após a conclusão das investigações conduzidas pelas autoridades competentes”, diz trecho da nota.
Por fim, o Legislativo municipal reiterou confiança nas instituições judiciais e afirmou esperar que sejam resguardados os direitos constitucionais do parlamentar, como a ampla defesa e o contraditório.