Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

28 de julho de 2024

Rayssa abraça a mãe, reúne multidão, fala em inglês e ganha o bronze ao som de Djavan em Paris


Por Agência Estado Publicado 28/07/2024 às 16h34
Ouvir: 00:00

Paciente, uma jornalista americana esperou mais de uma hora para falar com Rayssa Leal. A profissional era a única da imprensa estrangeira posicionada para ouvir a brasileira depois de ela levar a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Foi recompensada.

Rayssa foi gentil. Depois de comemorar a medalha com um abraço na mãe, atender a uma multidão de voluntários e fãs que pediram fotos e autógrafos e ser parada a cada passo, a adolescente deu entrevista em inglês à jornalista. Contou ter se sentido feliz, é claro, por ter faturado sua segunda medalha olímpica aos 16 anos, o que a fez ser a atleta mais nova da história a registrar o feito.

Minutos depois, a jovem parou para falar com a imprensa brasileira. Simpática, calma e muito mais acostumada com o bônus e ônus de ser uma estrela, a maranhense de Imperatriz contou o que mudou nela em três anos, desde a prata em Tóquio até o bronze em Paris.

“Mudou tudo. Só no primeiro ano eu cresci 10 centímetros”, disse. “Entendi o peso da Olimpíada. Vim para Paris com outra mentalidade, outro foco. Todos queriam o ouro, eu não era diferente. Por isso eu acabo me cobrando um pouco mais, mas deu tudo certo.”

Na pista, Rayssa Leal chorou, sorriu e fez a maior nota na história das olimpíadas até então durante a fase classificatória. Na fase final, admitiu que se sentiu pressionada, errou duas manobras consideradas simples por ela, mas chamou a torcida, se concentrou e reagiu na última tentativa para saltar do quinto para o terceiro lugar.

“Fiquei pressionada, não de um jeito ruim, mas para acertar tudo para comemorar”, reconheceu ela. “Foi o campeonato em que mais fiquei nervosa. Já sabia o que tinha que fazer, comecei a me cobrar bastante, mas depois entendi que era só colocar um sorriso no rosto mesmo.”

Rayssa funciona sob pressão, mas nem sempre. O que lhe ajudou a relaxar e reagir no fim para subir ao pódio foi a música que tocava em seu fone de ouvido, em especial “Amor Puro”, canção que Djavan compôs nove anos antes de a skatista nascer.

“Como estava muito ansiosa, coloquei pra tocar ‘Um amor puro’, do Djavan”, revelou ela, que também afirmou ter ouvido ‘Mudar pra Quê’, da dupla Os Nonatos, desfeita em 2019, e ‘É o Amor’, música que se tornou famosa nas vozes dos sertanejos Zezé Di Camargo e Luciano.

Embora esteja mais alta, mais experiente e mais madura, a brasileira costuma dizer que não sabe ainda o seu tamanho e a inspiração que provoca em outras jovens esportistas. Mas com a exposição que veio graças ao seu sucesso no esporte ela já se habituou.

“É de boa, eu me acostumei, me adaptei muito fácil”, declarou. “Desde aquele vídeo com 7 anos (em que anda de skate vestida de fadinha) em Imperatriz já era meio bagunçado, o pessoal pedia para tirar foto. Eu cresci com isso.”

Rayssa vai seguir comemorando em Paris e no Brasil. Mas quando retornar, terá de voltar à vida de adolescente comum, embora não seja uma. “Vou estudar, em agosto voltam as aulas.”

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esportes

Lei do silêncio blinda ginastas brasileiras antes das finais na Olimpíada de Paris


Após as múltiplas classificações para as finais da ginástica artística dos Jogos Olímpicos de Paris-2024, as brasileiras adotaram o silêncio…


Após as múltiplas classificações para as finais da ginástica artística dos Jogos Olímpicos de Paris-2024, as brasileiras adotaram o silêncio…

Esportes

Tati Weston-Webb e Tainá Hinckel superam repescagem e vão às oitavas do surfe na Olimpíada


O Brasil está muito bem representado no surfe feminino dos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Tatiana Weston-Webb e Tainá Hinckel entraram…


O Brasil está muito bem representado no surfe feminino dos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Tatiana Weston-Webb e Tainá Hinckel entraram…

Esportes

Calderano bate cubano em estreia no tênis de mesa na Olimpíada; Bruna Takahashi também avança


Sexto colocado no ranking mundial e quarto cabeça de chave do torneio de tênis de mesa dos Jogos Olímpicos de…


Sexto colocado no ranking mundial e quarto cabeça de chave do torneio de tênis de mesa dos Jogos Olímpicos de…