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13 de dezembro de 2025

Rio: deputada denuncia liberação de corpos lenta e cheiro de decomposição no IML após operação


Por Agência Estado Publicado 31/10/2025 às 07h44
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A deputada estadual Dani Monteiro (PSOL-RJ), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, denunciou nesta quinta-feira, 30, as condições do Instituto Médico-Legal (IML) Afrânio Peixoto, no centro do Rio, onde estão sendo realizados os exames de necrópsia dos mortos na megaoperação dos complexos do Alemão e da Penha. A ação policial deixou 121 mortos, entre eles quatro policiais. Procurada, a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro não respondeu até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.

Segundo a parlamentar, familiares estão dormindo na porta do instituto “convivendo com o cheiro dos corpos sem refrigeração”, em meio à demora para a liberação das vítimas.

“O que vimos nos últimos dias é a face mais cruel da violência de Estado. Famílias estão dormindo na porta do IML, convivendo com o cheiro dos corpos dos seus entes queridos sem refrigeração. Isso não é política de segurança, é abandono estatal”, afirmou Dani Monteiro durante a reunião “Rio Sem Massacre”, organizada no auditório da Escola do Legislativo (Elerj).

De acordo com o governo, até a tarde desta quinta-feira, 30, mais da metade dos 117 corpos oficialmente contabilizados já havia sido identificada e havia começado a ser liberada.

O governo do Rio informou que o IML está sendo usado exclusivamente para a necrópsia dos mortos da operação, e que o atendimento às famílias ocorre em um prédio do Detran, ao lado do instituto. Casos não relacionados à ação policial estão sendo direcionados ao IML de Niterói, na região metropolitana.

A Defensoria Pública do Rio afirmou que foi impedida de acompanhar as perícias, mas montou uma força-tarefa com 40 profissionais para atender as famílias – 106 delas já procuraram o órgão para obter documentos, solicitar sepultamento gratuito e regularizar traslados de corpos para outros Estados. A defensora Mirela Assad, da Coordenação Geral de Programas Institucionais (Cogpi), explicou que parte das dificuldades decorre da ausência de familiares para identificação de suspeitos mortos.

A deputada Dani Monteiro acompanhou durante todo o dia a comitiva do governo federal nas comunidades da Penha e do Alemão e no IML, onde prestou acolhimento às famílias. “Direitos humanos não são obstáculos, mas a base de uma política pública séria. Nenhuma política de segurança se sustenta sobre o sangue do seu povo”, disse.

O Ministério Público do Rio de Janeiro está utilizando uma tecnologia capaz de reconstruir digitalmente os corpos. A tecnologia registra com fidelidade todas as lesões externas, auxiliando o trabalho de investigação dos promotores.

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