O suspeito de matar a adolescente Ingrid Regina, de 15 anos, no último domingo, 8, em Maringá, compareceu à delegacia. Ele se apresentou nesta quarta-feira, 11, e prestou depoimento. No entanto, ele não poderá ficar preso.
A jovem foi morta a tiros próximo a uma festa clandestina num parque industrial na região do aeroporto de Maringá.
Segunda a família, Ingrid estava no sítio do avô e foi caminhar com parentes pelas redondezas quando encontrou uma amiga e parou para conversar. Neste momento, um homem chegou atirando. O alvo era alguém que estava na festa, mas Ingrid foi atingida.
O pai levou a filha de carro até encontrar o Samu que estava a caminho. Os socorristas tentaram reanimar a menina, mas ela acabou morrendo.
O suspeito foi identificado e teve a prisão temporária decretada. Nesta quarta-feira, ele se apresentou à delegacia com o advogado.
A família foi para a porta da delegacia protestar porque o suspeito do crime não ficará preso. Isso porque, nos cinco dias que antecedem a eleição, nenhum eleitor pode ser preso a não ser em flagrante. E o flagrante, neste caso, já passou.
“A legislação eleitoral prevê que não se pode efetivar uma prisão cautelar cinco dias antes das eleições e 48 horas depois. Então, por causa disso, trata-se de uma prisão cautelar, e a gente é impossibilitado de efetivar essa prisão”, diz o delegado de homicídios de Maringá, Diego Almeida.
Segundo o delegado, se o título de eleitor do suspeito não estivesse regular e, portanto, ele não pudesse votar no domingo, ficaria preso. Mas o título dele está regular.
A mãe de Ingrid, Valéria Marques, diz que a família está revoltada. “A gente quer justiça. Assim como ele entrou pela porta da frente, ele vai sair, não pode ficar preso. Ele tirou a vida da minha família, aí no fim de semana ele pode tirar a vida de outra pessoa inocente”, desabafa a mãe.