Na manhã deste sábado, 28, a Prefeitura de Maringá se reuniu com lideranças e representantes da sociedade civil organizada no Paço Municipal para avaliar propostas de medidas que possam reduzir a contaminação pelo coronavírus na cidade. De acordo com o prefeito de Maringá, Ulisses Maia (PSD), um novo decreto será publicado até segunda-feira, 30 de novembro, com mais medidas restritivas.
“O momento é muito grave e precisamos de mais medidas restritivas. Todas as instituições presentes entendem a necessidade disso e foi feita a proposta de um ‘pacto pela vida’ para proteger a cidade, as pessoas. Dentro dos números e informações técnicas, vamos compilar as várias propostas que recebemos para elaborar o novo decreto, que deve entrar em vigor até segunda-feira. Temos sábado e domingo para trabalhar nele, terminar de aperfeiçoar com os nossos técnicos”, detalhou.
Proposta
Durante a reunião, uma proposta conjunta foi apresentada por quatro entidades: Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem), o Sindicato dos Estabelecimento Particulares de Ensino do Noroeste do Estado do Paraná (Sinepe-NOPR), o Sindicato Patronal de Shoppings Centers de Maringá e o Sindicato dos Lojistas do Comércio e do Comércio Varejista de Maringá e Região (Sivamar).
De acordo com Wilson Matos Filho, presidente do Codem e Sinepe-NOPR, a proposta apresenta é baseada no decreto de Curitiba, publicado nesta sexta-feira, 27, e prevê ajustes de horários e fechamento de alguns segmentos específicos.
“A Prefeitura de Maringá desafiou as entidades a fazerem suas contribuições e nós seguimos como referência o decreto de Curitiba. A ideia é propor o funcionamento com restrição de horário para alguns setores do comércio. O próprio Sindicato do Shoppings concordou em fechar nos próximos dois domingos. Estamos propondo também a suspensão dos cultos religiosos para as próximas duas semanas, fechamento dos bares e lanchonetes e propondo que os restaurantes fiquem abertos até às 16h. Ou seja, uma série de medidas para que a gente possa mitigar o efeito do vírus neste momento (…). A rede hospitalar, tanto pública como privada, está praticamente lotada, e não só em Maringá, como em toda a região (…). Somos contra qualquer tipo de lockdown, de fechamento, mas somos a favor de ajustes de horários e fechamento de alguns segmentos específicos neste momento”, detalhou Wilson Matos Filho.
O fim de semana será de reuniões dos setores produtivos para que cada um apresente propostas.
Amusep
Durante a reunião, o prefeito Ulisses Maia reforçou que as cidades da região deverão seguir o decreto de Maringá, já que a rede hospitalar do município pode não conseguir absorver pacientes de outras localidades. O prefeito de Mandaguari, Romualdo Batista, presidente da Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense (Amusep) – composta por 30 cidades da região -, disse que uma reunião virtual será realizada na segunda-feira, 30 novembro, com os prefeitos, para tratar do assunto.
“Eu sei que cada prefeito tem a sua particularidade e nós respeitamos, mas é necessário que cada um tenha conhecimento e faça [siga o decreto de Maringá]. Foi dito aqui que, se os prefeitos não aderirem e tomarem as devidas medidas, poderão mandar ambulância para Maringá, não poder ser atendido e o paciente ter que voltar. Então é melhor que cada prefeito cumpra o seu papel e ajude a proteger a vida”, frisa.