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13 de dezembro de 2025

Veja 6 fenômenos naturais inusitados ocorridos em Maringá


Por Redação GMC Online Publicado 06/06/2021 às 10h43 Atualizado 25/02/2023 às 09h20
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Maringá já foi palco de diversos fenômenos naturais inusitados que surpreenderam os moradores. Alguns causaram espanto e até estragos, e outros apenas admiração. Veja abaixo 6 desses eventos.

Tremores de terra

No dia 2 de abril de 2018, um terremoto de magnitude 6,8 graus que ocorreu na Bolívia foi sentido em Maringá, no período da manhã. Segundo relatos, o tremor foi sentido por cerca de cinco segundos e não houve danos.

Ao menos seis prédios registraram o tremor: três ligadas à Justiça, o Hospital Universitário (HU) e dois prédios comerciais. Alguns foram evacuados, como o Fórum de Justiça, localizado na Avenida Tiradentes, que ficou fechado durante cerca de duas horas e só foi liberado após vistoria do Corpo de Bombeiros. 

Veja 6 fenômenos naturais inusitados ocorridos em Maringá
Foto: Ilustrativa

No dia 1º de janeiro de 2011, um terremoto de 7 graus na Escala Richter que atingiu Santiago Del Estero, na Argentina, também foi sentido em Maringá, no período da manhã. Moradores das regiões da Zona 7 e Vila Marumby entraram em contato com as equipes do Corpo de Bombeiros e relataram o tremor. Não houve interdições ou danos.

Nuvem de gafanhotos

Nuvens de gafanhotos já aterrorizaram agricultores ao passar por Maringá há algumas décadas. A pioneira Antônia Laquanetti Cordiolli, que mudou-se para a Cidade Canção com os pais José e Petronilha e dez irmãos em 1944 se lembra bem. “Sabe quando o céu fica escuro antes de uma chuva forte? Pois era assim que acontecia. Vinha aquela nuvem preta, mas não era de chuva, não, era de gafanhotos”, relata ela, que tinha cerca de dez anos na época.

A pioneira lembra que os gafanhotos baixavam aos milhares na propriedade da família e da vizinhança, na gleba Guaiapó, fazendo um barulho infernal que parecia o crepitar de um grande incêndio na floresta. E por onde passavam deixavam um rastro de destruição. “Eles pelavam um pé de café em cinco minutos, não deixavam uma só folha verde”, relata.

Segundo ela, uma alternativa para combater os gafanhotos era enterrá-los vivos. “Meus pais e irmãos pegavam folhas de coqueiros e iam batendo com força nos cafés para derrubar os bichos. Outros vinham atrás rastelando aquela bicharada feia pelo chão e outros cavavam valas para enterrá-los vivos, era o único jeito de matar”, conta Antônia.

Veja 6 fenômenos naturais inusitados ocorridos em Maringá
Foto: Reprodução/ONU

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Tornado

Em dezembro de 2015, técnico em Meteorologia e “caçador de tempestades” do Stormaringá, Acácio Cordioli, fotografou um tornado no céu de Maringá e região.

“O fenômeno durou pouco tempo e rapidamente se dissipou. Provavelmente tenha sido um de pequenas proporções, talvez um EF0, quando os ventos atingem entre 65-115 km/h, o que deve ter causado a quebra de alguns galhos de árvores na zona rural”, conta o fotógrafo.

Veja 6 fenômenos naturais inusitados ocorridos em Maringá
Tornado em Maringá e região. Foto: Acácio Cordioli

Dust devil

Da Avenida Morangueira, próximo ao cruzamento com o Contorno Norte, o estudante Paulo Vitor Orioli flagrou a formação de redemoinhos de poeira na zona rural de Maringá, em outubro do ano passado. O fenômeno também é conhecido como “dust devil” ou “saci”.

Em entrevista ao GMC Online, o jovem relatou que passava de carro com a família na Avenida Morangueira quando viu dois redemoinhos de poeira e parou para filmar. Um incêndio acontecia na região no momento em que o fenômeno se formou. Veja o vídeo:

Chuva congelada

Historicamente, a menor temperatura registrada em Maringá foi em 23 de julho de 2013, quando os termômetros marcaram 0,5°C. Ou seja, faltou pouco para que Maringá tivesse temperatura negativa. Na ocasião, ocorreu uma chuva congelada no município e em diversas outras cidades do Paraná.

Na chuva congelada, “as gotas de chuva vêm super resfriadas e congelam quando tocam no solo, porque a temperatura no solo está negativa ou muito próxima disso”, explica o meteorologista do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), Reinaldo Kneib.

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Geada negra

As lavouras de Maringá, principalmente de café e trigo, foram destruídas no dia 18 julho de 1975 pela geada negra. O fenômeno recebe esse nome porque provoca o congelamento da parte interna da planta que, por consequência, queima e fica com aparência escura. Naquela madrugada, os termômetros marcaram 4ºC na cidade e muitas residências amanheceram sem água porque o líquido congelou.

O produtor rural Marco Bruschi Neto, de 76 anos, perdeu as lavouras de café e trigo na geada negra de 1975. O sítio da família, localizado na Estrada Pinguim, em Maringá, ficou coberto de gelo. “A terra estava muito molhada porque tinha chovido bastante dias antes, então congelou a superfície da terra. Pela quantidade de gelo, a gente já sabia que não ia salvar nada. E não sobrou: nem café, nem trigo e nem pastagem. Foram dias muito difíceis”, relembrou em entrevista ao GMC Online.

Foto: Acervo Jornal O Diário do Norte do Paraná/19 de julho de 1975

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