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23 de novembro de 2024

Irmã Calista: Hospital da Criança de Maringá leva nome de enfermeira e parteira da cidade; conheça a história


Por Redação GMC Online Publicado 18/02/2024 às 08h58
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Localizado no Centro Cívico, com área total de 24.220,35m²e voltado ao atendimento de crianças e adolescentes de 0 a 18 anos, o Hospital da Criança de Maringá terá o nome da Irmã Calista. O GMC Online procurou a Arquidiocese de Maringá e a Santa Casa, onde a irmã trabalhou por 50 anos, para descobrir um pouco mais da história dela. Maria Calista faleceu no dia 10 de julho de 2013, aos 89 anos, vítima de infarto, em Maringá. Ela estava internada na UTI da Santa Casa com pneumonia.

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O Hospital da Criança de Maringá terá o nome da Irmã Calista, enfermeira e primeira parteira da cidade. Foto: Arquivo/Santa Casa de Maringá.

A irmã fazia parte da Congregação das Irmãs Missionárias do Santo Nome de Maria. Irmã Calista ficou conhecida em Maringá por causa do trabalho como enfermeira na Santa Casa, onde trabalhou na maternidade do hospital. O corpo foi velado na Chácara Rainha da Paz e o sepultamento ocorreu Cemitério da  Chácara Rainha da Paz.

Veja abaixo a nota emitida na época do falecimento de Irmã Calista

A Arquidiocese de Maringá comunicou nesta manhã o falecimento da irmã Maria Callista, 89, da Congregação das Irmãs Missionárias do Santo Nome de Maria. Irmã Maria Callista morreu na noite de ontem, vítima de infarto. Ela estava internada na UTI da Santa Casa com pneumonia. A religiosa ficou muito conhecida em Maringá por causa do trabalho como enfermeira na Santa Casa. Ela trabalhou na maternidade do hospital durante 50 anos. O corpo está sendo velado na Chácara Rainha da Paz – rua Distrito Federal 1089. A missa de corpo presente será hoje às 16h e em seguida será realizado o sepultamento. Ela foi uma das seis primeiras irmãs da Congregação das Irmãs Missionárias do Santo Nome de Maria a chegar ao Brasil; a congregação foi fundada em 25 de março de 1920 por dom Wilhelm Berning, bispo de Osnabrück, Alemanha. Dom Wilhelm, diante da difícil situação social e religiosa que se seguiu à Primeira Guerra Mundial, sentia a necessidade da presença de irmãs em sua diocese para auxiliar nas pastorais, dedicar-se às crianças, aos doentes e aos que se encontravam em perigo. Desde a fundação da Congregação, as irmãs recebiam formação que as capacitava a ir evangelizar em países estrangeiros, cuidar das pessoas e do povo que estavam distantes de sua terra e não recebiam assistência de ninguém (Diáspora). As primeiras irmãs a chegar ao Brasil começaram a enfrentar seus desafios a partir do embarque na Alemanha, pois viajaram sem a madre superiora e nenhum padre pôde acompanhá-las. Eram as irmãs: Maria Conradine, Maria Conrada, Maria Antonella, Maria Stúrmia, Maria Callista e Maria Adelheid Ginten.

Legado

O assessor de comunicação da Arquidiocese de Maringá, Everton Barbosa, define a Irmã Calista como “uma mulher forte, segura e dócil. Seu semblante irradiava paz e segurança. Sabia qual era sua missão. Não cheguei a conviver, mas é importante falar que a Irma calista chegou em Maringá em 1956, pertence à Congregação das Irmãs Missionarias do Santo Nome de Maria, veio da Alemanha, e ali juntamente com mais três irmãs chegaram em 1956”, conta.

A primeira parteira de Maringá

Segundo o superintendente administrativo da Santa Casa, José Pereira, a Irmã Calista trabalhou no hospital por mais de cinco décadas e foi a primeira parteira de Maringá. “Na época não existia obstetra, e nas mãos dela dela nasceram centenas de crianças. Ela tinha humildade, era simplesmente fantástica, Era uma honra, prazer e alegria de conviver. Cheguei em 95, ela já estava e ficou com a gente aqui ainda bons anos. Ela era enfermeira, trablahou só na Santa Casa, saiu já velhinha e foi se recolher na Congregação, na casa onde as irmas mais idosas ficavam”, explica.

Homenagem

Além de ser homenageada com o nome do Hospital da Criança de Maringá, a Irmã Calista foi também lembrada no Centro de Especialidade do Sus da Santa Casa de Maringá, inaugurado no ano passado. “O nome é Centro Médico sus Irmã Maria Calista. Ela era uma santa. O papel que fez para a Santa Casa…e a irmã vai ser parte dessa história, homenageada como uma referência. Tem alguém que veio ao mundo pelas mãos da Irmã Calista”.

Sobre o Hospital da Criança de Maringá

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Foto: PMM.

O Hospital da Criança de Maringá ficará localizado na Avenida Sônia Regina Guerra Nogaroli, nº 662, no Centro Cívico. Por meio da concessão de uso, o parceiro privado ficará responsável por explorar o complexo hospitalar, com área total de 24.220,35m², de forma a atender crianças e adolescentes de 0 (zero) a 18 (dezoito) anos, em atividades de média e alta complexidade hospitalar e ambulatorial, com prioridade para a oncologia pediátrica, cardiologia, cirurgias cardiovasculares pediátricas, neurologia, neurocirurgia pediátrica, ortopedia pediátrica, transplantes, doenças raras e outras especialidades.

Como encargo da concessão de uso, um mínimo de 60% (sessenta por cento) da capacidade instalada do hospital deverá ser dedicado ao atendimento de pacientes oriundos da rede pública de saúde, conforme oportunamente pactuado entre a concessionária de uso e o Poder Público. A concessionária de uso poderá dedicar o restante da capacidade instalada ao atendimento de pacientes da rede privada de saúde. 

O projeto visa garantir a operação do hospital por um prazo de dez anhos anos, não sendo previsto, na concessão de uso, o aporte de recursos públicos. 

As contribuições recebidas na fase de consulta pública serão analisadas e poderão implicar em ajustes e melhorias dos documentos licitatórios que poderão, ou não, ser refletidas no edital a ser publicado.

Os interessados podem acessar a minuta do edital, minuta do contrato e outros documentos relacionados ao processo de concessão no site da Prefeitura (acesse aqui).

O objetivo da concessão é selecionar a instituição que será responsável pelo Hospital da Criança. A concessionária deverá ofertar, no mínimo, 60% da capacidade para atendimento de pacientes do SUS, além da destinação exclusiva às crianças e adolescentes de 0 a 18 anos com atendimento de média e alta complexidade e diagnóstico e tratamento de doenças raras.

Audiência pública

Uma audiência pública realizada no dia 10 de janeiro na Câmara Municipal de Maringá tirou dúvidas sobre o funcionamento do Hospital da Criança de Maringá e contou, inclusive, com a participação do Gestor do Hospital Pequeno Príncipe.

A estimativa, de acordo com a Agência Maringaense de Regulação (AMR), é de que o edital de concessão seja publicado em março. Até lá, a Prefeitura de Maringá e a Fundação Ezute, que foi contratada para a elaboração do projeto, irão avaliar as contribuições dos cidadãos que podem ser incorporadas ao contrato.

A unidade terá à disposição 144 leitos de enfermaria e 40 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), cujo funcionamento será dividido em três fases. Na fase inicial, relativa aos seis primeiros meses de operação, a unidade terá apenas 61 leitos de enfermaria disponíveis e não está prevista a abertura de nenhum leito de Unidade de Terapia Intensiva. Durante a exposição dos dados, a diretora-presidente da Agência Maringaense de Regulação, Maria da Penha Marques Sapata, falou sobre o assunto e disse que a divisão das operações é uma forma de garantir que a futura concessionária consiga buscar os credenciamentos necessários junto ao Ministério da Saúde.

As empresas interessadas em gerir o Hospital da Criança de Maringá precisarão comprovar experiência de, no mínimo, três anos na gestão de hospitais voltados para crianças e adolescentes e que tenham, pelo menos, 90 leitos, sendo 20 de UTI neonatal. O contrato prevê a concessão para a empresa ganhadora por até 10 anos, prorrogáveis por mais 10. O valor estimado da concessão é de R$ 31 milhões. A futura concessionária poderá explorar 40% dos atendimentos de forma particular ou por meio de convênios privados, além do recebimento da tabela SUS pelos atendimentos públicos e exploração comercial de outros espaços da unidade, como lanchonetes e estacionamentos.

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