Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

08 de setembro de 2024

No Dia Mundial do Cachorro-Quente, relembre os ‘Dogões’ maringaenses que fizeram sucesso


Por Rafael Bereta Publicado 08/09/2024 às 15h42
Ouvir: 00:00

Nesta segunda-feira, 9, é celebrado o Dia Mundial do Cachorro-Quente. Isso porque a invenção dessa comida é atribuída a alemães e americanos, ainda nos anos de 1850. Em muitos lugares do mundo, há uma mística de que o prato foi criado exatamente neste dia – mas a data não é unânime e tampouco há registros sobre.

image
Foto: Arquivo GMC Online

Segundo um artigo já publicado pela revista Superinteressante, os alemães no século XIX começaram a produzir novos tipos de salsicha e anos depois um imigrante alemão levou a novidade gastronômica aos Estados Unidos, e foi por lá que nasceu o tão famoso hot-dog.

O sucesso do cachorrão em Maringá

Que a comida se espalhou pelos quatro cantos do mundo e se tornou popular pela sua facilidade de preparo e ingredientes simples, isso é um fato. Mas o cachorro-quente, ou hot-dog, se tornou um prato ainda mais especial em terras brasileiras, especialmente em Maringá, no interior do Paraná.

A história de Maringá se confunde com a história do “dogão”, um dos pratos mais famosos da cidade. De acordo com o projeto Maringá Histórica, ainda na década de 1960 a comercialização do cachorro-quente já acontecia na Cidade Canção.

Ainda segundo o Maringá Histórica, entretanto, o ‘dogão prensado’ surge apenas na segunda metade da década de 1980 e foi na Avenida Brasil, cruzamento com a Avenida São Paulo, que um dos pratos favoritos de Maringá nasceu.

“[…] o lanche prensado surgiu do insight do proprietário de um carrinho de cachorro-quente localizado neste local, em prensar ou chapar o hot dog, aumentando assim o volume do sanduíche, além de incluir outros ingredientes não presentes no clássico fast food estadunidense”, diz o projeto que resgata a história maringaense.

No entanto, a partir de 1989, o carrinho Au Au Lanches, localizado na esquina das avenidas São Paulo e Brasil, abraçou a ideia e também começou a prensar o pão na chapa. De fato, segundo o projeto, a chapa própria para prensar o lanche também é uma invenção maringaense, realizada a partir da popularização dessa prática.

image
Foto: Reprodução/Maringá Histórica

Com esse sanduíche cada vez mais no gosto do maringaense, os cardápios começaram a se ampliar e o pão foi até adaptado para o lanche. Além disso, a diversidade de molhos e a criação da quase unânime maionese verde se deram nesse contexto. Veja abaixo algumas histórias que marcaram Maringá.

Lanchonete teve que mudar de nome por exigência da Disney

image
Lanchonete na Avenida Pedro Taques, em Maringá, que trocou de nome após notificação da Disney. Foto: Divulgação

Em 2018, o então “Disnei Lanches”, fundado em 2004, recebeu uma notificação da Disney Enterprises, sediada na Califórnia, Estados Unidos, e precisou mudar de nome para não ser multado. O fato inusitado chamou a atenção.

O proprietário do estabelecimento, Ademir Padovan, lembrou em entrevista ao GMC Online em 2020, que recebeu uma notificação da Disney em sua residência. O documento dizia: “Por meio de uma breve pesquisa online, verificou-se que a Oposta vem utilizando sua marca com uma estilização idêntica àquela utilizada há anos pela Opoente. Como se verifica abaixo, os termos Disnei e Disney, além de praticamente idênticos, possuem exatamente a mesma grafia e fonte de letras, grafia esta consagrada e reconhecida mundialmente por pertencer à Opoente, a qual é protegida, inclusive, por Direitos Autorais”.

Contudo, após a notificação, a defesa de Ademir Padovan tentou negociar com a Disney. A proposta era colocar nomes como “Dinei”, “Dunei” ou “Dusnei”, mas a companhia não aceitou De acordo com ele, a empresa alegou que a pronúncia era similar, então, o Disnei Lanches virou Gaúcho’s Lanches, já que o apelido do proprietário é “Gaúcho”. Leia aqui a reportagem completa.

Maionese colorida

image
Além da maionese azul, outras têm chamado a atenção. Foto: Arquivo

A lanchonete, fundada desde 2009, atraiu recentemente grande atenção depois que um cliente compartilhou sua experiência nas redes sociais. Segundo o proprietário da Dadu Lanches, Hidalgo José Fernandes Almenara, desde os primeiros dias da lanchonete, ele já oferecia quatro variedades de molhos de maionese. Ao longo dos anos, ele expandiu sua seleção para dez tipos distintos. No entanto, Almenara adianta que ainda tem mais criações para lançar em breve.

Além da maionese azul, outras opções têm despertado o interesse dos clientes quando se trata de cachorrão: a verde, com um toque de cebolinha; a branca, que combina catupiry com orégano, adornada com pequenas manchas pretas; a maionese de alho; a de curry, que segundo o dono é a mais exótica; a de tomate seco; a de cheddar, e a mais picante, de pimenta, entre outras.

Atualmente, os molhos mais requisitados incluem os de azeitona, cebolinha, alho e tomate seco.

Cachorrão com coração de frango

image
Foto: Arquivo GMC Online

Coração de frango é uma iguaria brasileira que ou você ama ou você odeia ou você nunca comeu. A carne é mais comum no churrasco, mas aqui em Maringá é ingrediente de cachorrão e até de hambúrguer.

Além disso, o consumo de coração de frango é tão grande entre os brasileiros que é a única parte do frango que não sobra nem para exportação. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

No entanto, aqui em Maringá, já foi encontrado três estabelecimentos que vendiam o lanche exótico.

Lanche no pote

image
Foto: Arquivo GMC

Em 2020, mais um dogão de Maringá viralizou nas redes sociais por ser vendido em um pote.

Precisando de uma renda extra, a cozinheira Marcela dos Santos Vicente, na época, resolveu apostar no cachorro-quente de pote e sair vendendo pelas ruas da cidade. Segundo ela, o produto chegou a fazer muito sucesso.

“Vai pão de forma, purê de batata, salsicha e molho de tomate. Quem quiser também pode colocar recheios, como o de frango. Mas o que mais sai é o tradicional mesmo, só com salsicha”, detalhou durante entrevista em 2020.

Lanche típico de Maringá

Em 2017, o Projeto de Lei (PL) 10.435/17 declarou o cachorro-quente prensado lanche típico do município de Maringá. O projeto, que chegou a causar polêmica na época, teve autoria dos vereadores Belino Bravin e Alex Chaves.

O projeto foi aprovado em sessão plenária da Câmara de Vereadores e sancionado pelo prefeito Ulisses Maia em 7 de julho daquele mesmo ano.

Com informações da Revista Superinteressante e projeto Maringá Histórica.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação