Soldado que ajudou salvar bebê engasgado recebe medalha de Honra ao Mérito em Maringá
Projeto de lei homenageando o policial militar foi proposto pelo vereador Flávio Mantovani
A presença de um grupo de policiais militares na sessão da Câmara de Maringá na manhã desta quinta-feira, 6, já sugeria que algo diferente iria ocorrer. De fato, o que levou colegas de farda à sede do Legislativo foi a entrega de uma medalha de Honra ao Mérito para o soldado Turra, que há cerca de quatro meses, quando faltavam menos de 15 minutos para encerrar seu plantão noturno na Central de Emergências da PM, atendeu a ligação de uma mãe desesperada gritando por socorro.
Ouça o atendimento:
Apesar da emoção, Turra manteve o profissionalismo, acalmou a mãe e passou a ensinar o passo-a-passo da Manobra de Heimlich. “Sou pai e a primeira coisa que pensei foi no meu filho”. As instruções foram passadas à mãe, que estava ao telefone, e ela repetia o que fazer para a vizinha, que segurava o bebê engasgado. “Na hora que meu bebê engasgou – contou a mãe na manhã desta quinta-feira -, fiquei desesperada e sai gritando por socorro para os vizinhos”.
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Turra, que há oito anos está na coorporação, disse que ficou “muito feliz quando a mãe disse que o bebê tinha sido desengasgado, chorado e voltado a respirar”. “A ocorrência me marcou muito. Alguns dias depois liguei para saber como o bebê estava”, observou. No entanto, o engasgo foi apenas a ponta do iceberg, pois o bebê passou a convulsionar mais vezes. A mãe contou que ele está sendo medicado e praticamente deixou de convulsionar, mas o diagnosticado ainda não foi fechado.
O projeto de lei que concedeu a medalha de Honra ao Métito ao soldado Victor Hugo Turra foi proposto pelo vereador Flávio Mantovani (PSD), que é autor de duas leis sobre o tema. Uma delas obriga bares e restaurantes a expor cartazes ilustrativos com o passo-a-passo da Manobra de Heimlich. E outra obriga as escolas públicas municipais a ensinar como se executa a manobra. “Infelizmente – lamentou o vereador -, nunca vi um cartaz em bar ou restaurante”. A lei municipal não prevê punição.
