Vacinação de crianças contra a covid-19 será realizada em creches públicas e privadas, anuncia Ulisses Maia
Maringá se prepara para iniciar nos próximos dias a vacinação contra a covid-19 em crianças de 5 a 11 anos. Após a autorização do Ministério da Saúde para a aplicação do imunizante sem exigência de prescrição médica, o prefeito de Maringá, Ulisses Maia, confirmou, em entrevista ao Grupo Maringá de Comunicação (GMC) nesta sexta-feira, 7, que o município aguarda apenas a chegada das doses para iniciar a distribuição.
“A previsão de começar a vacinação das crianças é no dia 17 [de janeiro], em nível nacional. Depende de nós recebermos as vacinas. Recebendo, a vacina já vai no mesmo dia ser aplicada”, garantiu Maia.
Segundo o prefeito, a ideia é que o município faça a aplicação das doses em creches e instituições de ensino, tanto públicas quanto privadas. “Nós estamos com a estratégia de aplicar a vacina das crianças em Maringá em CMEIs [Centros Municipais De Educação Infantil] e não na unidade de saúde, porque a criança já é acostumada a ir ao CMEI. O CMEI tem decorações lúdicas, um espaço mais aconchegante, [deixa] mais à vontade. Então o pai, ao invés de levar a criança dentro do posto de saúde, que já causa um trauma na criança, ele vai levá-la no CMEI, tanto da rede pública quanto da rede privada. Nós estamos organizando e semana que vem nós vamos anunciar. Nossa Secretaria da Educação e nosso secretário de Saúde já estão trabalhando para deixar um ambiente bem alegre, bem tranquilo, para que a criança chegue com o pai e seja vacinada sem prescrição médica”, adiantou.
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Durante a entrevista, Maia lembrou a importância da vacinação e a eficácia que os imunizantes estão apresentando neste período em que o número de casos de covid-19 voltaram a aumentar. “Nós respeitamos os pais que eventualmente não queiram vacinar, mas não há nenhuma dúvida da importância da vacina. Não há questionamento técnico de ter dúvida ou não. É uma unanimidade técnica e científica a importância da vacina. E, outra coisa, nesse momento que os casos de covid aumentaram, é importante dizer que eles estão leves por conta das vacinas. Agora, infelizmente, quem não tomar a vacina, há possibilidade de ser muito grave e até eventualmente, a morte”, considerou.
Ainda sobre o aumento da taxa de positividade de casos da doença, o prefeito disse que, até este momento, não há previsão de aplicação de medidas restritivas mais severas para conter a disseminação do vírus. De acordo com ele, as equipes da prefeitura estão trabalhando para organizar e conseguir suprir toda a demanda de atendimentos que está surgindo nas unidades de Saúde.
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Praia artificial e recursos públicos
Durante a entrevista ao Grupo Maringá de Comunicação (GMC) nesta sexta, Ulisses Maia também comentou sobre a repercussão que o anúncio da construção de uma praia artificial tomou. Muitos dos comentários deixados nas redes sociais questionavam a necessidade do projeto.
Para muitos maringaenses, os recursos que serão destinados à construção de um “Parque das Águas” deveriam ser aplicados em áreas com questões mais urgentes, como a infraestrutura. O prefeito de Maringá, no entanto, fez questão de ressaltar que a cidade é destaque na boa aplicação de recursos públicos e na eficiência da gestão.
Segundo ele, a realidade da cidade é de superávit na arrecadação e não há falta de recursos para aplicar em áreas prioritárias. “Nós vamos fechar 2021 com R$ 110 milhões em superávit de recursos livres. Só este recurso que é superávit, que não estava previsto, daria para fazer algumas prainhas em Maringá. Então a questão não é recurso. Se fosse uma cidade em que se faltava recurso para as prioridades, aí, sim, seria algo desnecessário. Nós temos recursos, todas as prioridades estão sendo atendidas e isto [a praia artificial] é algo a mais. Lazer também é prioridade”, afirmou.
No início da semana, Maia já havia divulgado que técnicos da prefeitura de Maringá estão estudando a viabilidade de vários locais da cidade para a instalação da praia artificial. Contudo, até o momento, ainda não há definição. “Existem alguns locais que nós imaginamos que tenha mais viabilidade. Por enquanto, nós não vamos anunciar até por causa da especulação imobiliária. O que eu garanto à população é que não será num local que incomode as pessoas, que dê problemas de mobilidade, que atrapalhe o fluxo normal. Evidentemente não vai ser numa região residencial, vai ser num lugar adequado. Porém, o local não está definido ainda”.
Confira a entrevista completa do prefeito de Maringá, Ulisses Maia, à CBN Maringá, emissora do Grupo Maringá de Comunicação:
