Previsões Oscar 2021: Quem Vai Ganhar e Quem Deveria
Nos 93 anos do Oscar, principal celebração do cinema promovida pela Academia de Hollywood, a cerimônia precisou ser adiada em quatro ocasiões: em 1938, devido a uma enchente que alagou as ruas de Los Angeles; em 1968, em respeito à memória do ativista recém-assassinado, Martin Luther King Jr; e em 1981, pela tentativa de assassinato do então presidente dos EUA, o conservador Ronald Reagan.
Este ano entra para a história como o quarto adiamento da premiação, que será realizada neste domingo, dia 25. A razão é a pandemia da Covid-19.
Diferentemente dos demais anos, em que o Oscar foi “segurado” por poucos dias, em 2021, a cerimônia tem um atraso significativo de dois meses. Essa mudança alterou totalmente o calendário da indústria, que precisou se adaptar a novos formatos devido à crise sanitária que o mundo atravessa; em contrapartida, a temporada se prolongou – até demais – e os quase 8 mil votantes da Academia tiveram mais tempo para apreciar os candidatos desta edição.
Abaixo, compartilho as minhas previsões de todas as 23 categorias do Oscar 2021, e aproveito para acrescentar quais os meus favoritos de cada seleção.

MELHOR FILME
Os 7 de Chicago
Bela Vingança
Judas e o Messias Negro
Mank
Meu Pai
Minari
Nomadland
O Som do Silêncio
Tal qual a seleção do ano passado e a coroação histórica de “Parasita” em Melhor Filme, os votantes do Oscar mais uma vez repetem um grupo refinado de títulos na categoria principal. Gosto de todos, menos “Os 7 de Chicago”, mas aí não dá para agradar a todos, né? Sei que há muitas pessoas que gostam do drama de tribunal. Pro meu gosto, ele sobra diante de outros sete candidatos elegantes.
“Nomadland” tem se mostrado o queridinho dessa awards season, e com méritos, este filme é uma joia rara, um mergulho em uma América cicatrizada e pouco retratada em produções audiovisuais. É o meu favorito da lista e um projeto para jamais ser esquecido.
Vai Vencer: “Nomadland”.
Votaria em: “Nomadland”.
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MELHOR DIREÇÃO
Chloé Zhao (Nomadland)
David Fincher (Mank)
Emerald Fennell (Bela Vingança)
Lee Isaac Chung (Minari)
Thomas Vinterberg (Druk – Mais uma Rodada)
Pela primeira vez em 93 anos, a comissão de cineastas indica duas mulheres em Melhor Direção. E não por menos, as duas correm na frente como as favoritas da categoria. São trabalhos bastante distintos e grandiosos à sua maneira: Zhao concebe um drama altruísta e sensível focado em chegadas e partidas, enquanto a estreante Fennell dirige com mãos firmes uma dark comedy irresistível sobre vingança.
Os demais diretores que completam a seleção também entregam trabalhos notáveis, mas, desta vez, quem domina são as garotas.
Vai Vencer: Chloé Zhao (Nomadland)
Votaria em: Chloé Zhao (Nomadland)
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MELHOR ATOR
Anthony Hopkins (Meu Pai)
Chadwick Boseman (A Voz Suprema do Blues)
Gary Oldman (Mank)
Riz Ahmed (O Som do Silêncio)
Steven Yeun (Minari)
Quando assisti a “A Voz Suprema do Blues”, eu fechei esse Oscar de Melhor Ator com Chadwick Boseman e achava difícil abrir mão. Seu último trabalho no cinema é de uma entrega absurda ao personagem e seu talento como intérprete é palpável na tela, então um prêmio póstumo seria muito bem-vindo para homenagear um artista tão querido que se foi precocemente. Eis que assisto a “Meu Pai” e sou nocauteado pelo veterano Anthony Hopkins, provavelmente na melhor performance de sua carreira – sim, refiro-me ao ator que imortalizou Hannibal Lecter no clássico “O Silêncio dos Inocentes” (1991). Acho que a Academia vai insistir em Boseman; já eu aceitei a palavra de Hopkins, que, aos 83 anos de idade, merecia uma segunda estatueta dourada.
Ahmed, Oldman e Yeun também estão ótimos. Categoria bem consolidada.
Vai Vencer: Chadwick Boseman (A Voz Suprema do Blues)
Votaria em: Anthony Hopkins (Meu Pai)
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MELHOR ATRIZ
Andra Day (The United States vs. Billie Holiday)
Carey Mulligan (Bela Vingança)
Frances McDormand (Nomadland)
Vanessa Kirby (Pieces of a Woman)
Viola Davis (A Voz Suprema do Blues)
Sem dúvidas, Melhor Atriz é a categoria mais difícil de se prever nesta edição. Não dá para confiar muito nos precursores, isto é, nos prêmios desta temporada que antecederam o Oscar. Isso porque, nas premiações mais tradicionais, cada atriz saiu vencedora: Andra Day (Globo de Ouro), Frances McDormand (Bafta, o Oscar britânico), Viola Davis (SAG, o sindicato de atores) e Carey Mulligan (Critics Choice, a associação de críticos norte-americanos). Vanessa Kirby exibe uma Copa Volpi (Festival de Veneza) em sua prateleira, mas a honraria está longe de traduzir em vitória no Oscar, então espero que ela aproveite os canapés.
Exceto ela e Viola Davis, cuja performance eu não acho grande coisa, as outras três estão excelentes e são merecedoras. Sinceramente, aqui eu vou fechar os olhos e escolher a primeira que meu dedo apontar. Com prós e contras, esta categoria está bem complicada de se prever, e a imprevisibilidade deixa tudo muito mais emocionante.
Vai Vencer: Carey Mulligan (Bela Vingança)
Votaria em: Frances McDormand (Nomadland), mas meu coração bate forte por Mulligan.
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MELHOR ATOR COADJUVANTE
Daniel Kaluuya (Judas e o Messias Negro)
LaKeith Stanfield (Judas e o Messias Negro)
Leslie Odom Jr. (Uma Noite em Miami)
Paul Raci (O Som do Silêncio)
Sacha Baron Cohen (Os 7 de Chicago)
A discussão sobre fraudes nas categorias de atuação do Oscar é antiga, mas este ano há um caso inédito no histórico da premiação: conseguiram a proeza de indicar os dois protagonistas do mesmo filme em Melhor Ator Coadjuvante. É claro que me refiro aos atores de “Judas e o Messias Negro”, que estão espetaculares em cena, mas é certamente um caso de ambos dividirem o protagonismo da história. Não há lógica nisso e pode ser que os votos se dividam e favoreçam outro concorrente.
Sendo bem sincero, essa é uma hipótese distante, porque essa estatueta é de Daniel Kaluuya e ninguém toma. Adoro a atuação contida de Paul Raci em “O Som do Silêncio”, mas a potência de Kaluuya como o líder do Partido Panteras Negras, Fred Hampton, merece o reconhecimento.
Vai Vencer: Daniel Kaluuya (Judas e o Messias Negro)
Votaria em: Daniel Kaluuya (Judas e o Messias Negro)
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MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Amanda Seyfried (Mank)
Glenn Close (Era Uma Vez um Sonho)
Maria Bakalova (Borat: Fita de Cinema Seguinte)
Olivia Colman (Meu Pai)
Yuh-Jung Youn (Minari)
Inicialmente nebulosa, a categoria Melhor Atriz Coadjuvante parece ter sido definida há algumas semanas, com os anúncios do SAG e Bafta: a veterana atriz Yuh-Jung Youn pode se tornar a segunda asiática premiada com um Oscar, após a vitória de Miyoshi Umeki por “Sayonara”, em 1958. Colman venceu recentemente, Seyfried e Bakalova são jovens em ascensão… e o que dizer da coitada da Glenn Close? Grande atriz, ela empata com Peter O’Toole como os intérpretes com mais indicações – 8 no total – sem converter nenhuma em vitória. Se acontecer uma zebra e Close vencer, vai ser um caso nada raro de prêmio de consolação, já que ela nem merecia ser nomeada, vamos ser francos.
Vai Vencer: Yuh-Jung Youn (Minari)
Votaria em: Yuh-Jung Youn (Minari), mas Colman e Bakalova também estão fantásticas.
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MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Aaron Sorkin (Os 7 de Chicago)
Darius Marder, Abraham Marder, Derek Cianfrance (O Som do Silêncio)
Emerald Fennell (Bela Vingança)
Lee Isaac Chung (Minari)
Will Berson, Shaka King, Kenneth Lucas, Keith Lucas (Judas e o Messias Negro)
“Os 7 de Chicago” está sobrando em uma categoria representada com belos títulos. Os demais roteiros são ótimos e qualquer um que vencer, o Oscar estará em boas mãos. Particularmente, tenho uma queda pela história obscura e colorida de “Bela Vingança”, além da figura heroica e subversiva da protagonista, cheia de complexidades e tão bem tracejada.
Vai Vencer: Emerald Fennell (Bela Vingança)
Votaria em: Emerald Fennell (Bela Vingança)
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MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Chloé Zhao (Nomadland)
Christopher Hampton, Florian Zeller (Meu Pai)
Kemp Powers (Uma Noite em Miami)
Ramin Bahrani (O Tigre Branco)
Sacha Baron Cohen, Anthony Hines, Dan Swimer, Peter Baynham, Erica Rivinoja, Dan Mazer, Jena Friedman, Lee Kern, Nina Pedrad (Borat: Fita de Cinema Seguinte)
“O Tigre Branco” é o patinho feio dessa seleção, pois destoa totalmente da qualidade dos demais indicados. Não sou o maior defensor da sequência de “Borat”, mas admiro a cara de pau e a ousadia dos improvisos, enquanto o script de “Uma Noite em Miami” se mostra muito bem resolvido mesmo dentro de uma zona confortável. Entre os roteiros espetaculares de “Meu Pai” e “Nomadland”, eu jogo a moeda pra cima e fico feliz com o resultado que sair.
Vai Vencer: Chloé Zhao (Nomadland)
Votaria em: Chloé Zhao (Nomadland)
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MELHOR FILME INTERNACIONAL
Better Days (Hong Kong)
Collective (Romênia)
Druk – Mais uma Rodada (Dinamarca)
O Homem que Vendeu Sua Pele (Tunísia)
Quo Vadis, Aida? (Bósnia e Herzegovina)
“Druk – Mais uma Rodada” tem a faca e o queijo na mão para dar à Dinamarca o seu quarto Oscar de Melhor Filme Internacional. Meu preferido da seleção, que é um tanto estranha, é o documentário “Collective”, primeira indicação da Romênia, que acompanha as investigações de corrupção que revelaram o precário sistema de saúde do país. “Quo Vadis, Aida?” é muito bom, enquanto “O Homem que Vendeu Sua Pele” e “Better Days” nem tanto e poderiam ser facilmente substituídos por outros representantes que figuraram na shortlist da categoria.
Vai Vencer: “Druk – Mais uma Rodada”.
Votaria em: “Collective”.
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MELHOR ANIMAÇÃO
A Caminho da Lua
Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica
Shaun, o Carneiro – O Filme: A Fazenda Contra-Ataca
Soul
Wolfwalkers
Nesta categoria, a Academia premia a Pixar até quando eles não merecem, então acredito que “Soul”, com o plus da diversidade, já está com as mãos na estatueta. No entanto, o meu favorito de longe é a animação irlandesa “Wolfwalkers”, que me proporcionou uma das sessões mais catárticas no ano passado; absolutamente tudo neste filme é deslumbrante, por isso sigo teimoso – e sozinho – em minha torcida.
Vai Vencer: “Soul”.
Votaria em: “Wolfwalkers”.
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MELHOR DOCUMENTÁRIO
O Agente Duplo
Collective
Crip Camp – Revolução pela Inclusão
Professor Polvo
Time
Para o meu gosto, esta não é a seleção ideal, mas eu adoro a variedade dos temas e a diversidade dos formatos dessas produções. Se eu tivesse poder de escolha, praticamente refaria essa categoria inteira, porém não consigo ir contra o gosto da Academia, porque cada um destes documentários tem o seu brilho. E por conta disso, está muito complicado prever o vencedor.
Após um ano pandêmico, qual o humor dos votantes do Oscar? Eles vão escolher um filme mais esperançoso? Ou mais emocionante? Ou quem sabe, pautado em direitos de minorias? Talvez estejam querendo enfiar o dedo na ferida? Difícil… Por mim, o romeno “Collective” levaria duas estatuetas douradas para casa, aqui e em Filme Internacional, mas penso que a Academia vai premiar “Crip Camp”, que é ótimo, e tem o casal Obama como produtores executivos.
Vai Vencer: “Crip Camp – Revolução pela Inclusão”.
Votaria em: “Collective”.
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MELHOR FOTOGRAFIA
Os 7 de Chicago
Judas e o Messias Negro
Mank
Nomadland
Relatos do Mundo
Adivinha quem está sobrando? Exatamente! “Os 7 de Chicago”, mais uma vez, roubando a indicação de um profissional mais merecedor. De resto, o primor visual e o trabalho de iluminação dos outros quatro candidatos são dignos de nota. Gosto mais – e acho que a Academia vai seguir comigo – dos enquadramentos poéticos e quase celestiais que Zhao e seu parceiro, o diretor de fotografia Joshua James Richards, compõem em “Nomadland”.
Vai Vencer: “Nomadland”.
Votaria em: “Nomadland”.
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MELHOR MONTAGEM
Os 7 de Chicago
Bela Vingança
Meu Pai
Nomadland
O Som do Silêncio
Vai parecer perseguição, mas nem aqui eu acho que a montagem confusa e descompassada de “Os 7 de Chicago” merecia espaço, e olha que o filme é o franco favorito desta categoria. Prefiro um trabalho mais bem arrojado, como os cortes secos que contrastam beleza e selvageria de “Nomadland”; ou então a alteração de perspectiva pressionada pela montagem de “O Som do Silêncio”; ou a brilhante lógica labiríntica de “Meu Pai”… tantas amostras mais interessantes, mas vai ganhar o pior do grupo. Espero que os votantes surpreendam aqui.
Vai Vencer: “Os 7 de Chicago”.
Votaria em: “Meu Pai”, mas ficaria muito satisfeito com a vitória de “O Som do Silêncio”.
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MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO
Mank
Meu Pai
Relatos do Mundo
Tenet
A Voz Suprema do Blues
Os indicados em Melhor Design de Produção são, de fato, superlativos, porém a recriação histórica da Hollywood em sua Era de Ouro vai fascinar os votantes da Academia. Diria que “Mank” sequer tem concorrência, é dele e fim de papo. Entretanto, só queria registrar a surpreendente e bem-vinda menção de “Meu Pai” nesta categoria, um trabalho espetacular na gerência dos cenários e os efeitos que eles provocam. Genial.
Vai Vencer: “Mank”.
Votaria em: “Mank”.
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MELHOR FIGURINO
Emma.
Mank
Mulan
Pinóquio
A Voz Suprema do Blues
Acho que este é o momento para falarmos um pouco sobre Ann Roth. Figurinista super respeitada pelos profissionais do cinema, tem 90 anos de idade e um Oscar em casa para chamar de seu, atribuído às vestimentas desenhadas para o drama “O Paciente Inglês” (1997). Veterana na indústria, com mais de 130 créditos no currículo, eu acho que a Academia considera este um momento propício para homenageá-la como um “agradecimento” por tantos anos dedicados ao cinema.
Os figurinos de Roth para “A Voz Suprema do Blues” são bom, têm pesquisa e autonomia, mas a concorrência é pesada, porque qualquer um dos outros candidatos poderia sair vitorioso. Particularmente, fico bem dividido entre a criatividade de “Emma.” e o rigor estético de “Mank”, mas considerando que Alexandra Byrne, figurinista do primeiro, já tem a sua estatueta, minha torcida fica para “Mank” e Trish Summerville, colaboradora das últimas produções de David Fincher.
Vai Vencer: “A Voz Suprema do Blues”.
Votaria em: “Mank”.
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MELHOR TRILHA SONORA
Destacamento Blood
Mank
Minari
Relatos do Mundo
Soul
Trilha Sonora está muito bem defendida com cinco ótimas composições musicais. Não tenho objeções a nenhum dos indicados, só queria chamar a atenção para a dupla nomeação de Trent Reznor e Atticus Ross, por “Mank” e pela animação “Soul”, pela qual dividem o crédito com o saxofonista Jon Batiste. Considerando as prévias, “Soul” sai na liderança e seria a minha escolha pessoal.
Vai Vencer: “Soul”.
Votaria em: “Soul”.
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MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
“Fight For You” (Judas e o Messias Negro)
“Io Si” (Rosa e Momo)
“Hear My Voice” (Os 7 de Chicago)
“Husavik” (Festival Eurovision da Canção: A Saga de Sigrit e Lars)
“Speak Now” (Uma Noite em Miami)
Acho que já ouvi tantas vezes essas músicas que aprendi a gostar de todas, com exceção de… é, o ranço de “Os 7 de Chicago” está instalado e não tem jeito. Com exceção de “Hear My Voice”, as outras quatro são bem bacanas, mas algo a notar aqui é que a comissão de músicos só escolheu canções que tocam nos créditos finais, exceto a de “Festival Eurovision da Canção”, deliciosa em sua cafonice. Diane Warren pela música de “Rosa e Momo” amarga 11 nomeações sem vitórias, coitada, pode ser a vez dela. O meu voto seria para “Judas e o Messias Negro”.
Vai Vencer: “Speak Now” (Uma Noite em Miami)
Votaria em: “Fight For You” (Judas e o Messias Negro)
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MELHOR MAQUIAGEM E PENTEADOS
Emma.
Era Uma Vez um Sonho
Mank
Pinóquio
A Voz Suprema do Blues
“A Voz Suprema do Blues” tem o favoritismo aqui. Não sou tão fã deste trabalho, embora haja justificativa narrativa para o visual carregado que é empregado no drama. Excesso por excesso, poderiam premiar a maquiagem irretocável da versão italiana de “Pinóquio” ou os penteados extravagantes e inspirados de “Emma.”. “Era Uma Vez um Sonho” também se destaca pelo realismo das próteses e maquiagem pesada, mas o filme é ruim demais – o que não o impede de vencer, basta lembrar que “Esquadrão Suicida” (2016) ganhou em seu ano.
Vai Vencer: “Pinóquio”.
Votaria em: “Pinóquio”.
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MELHORES EFEITOS VISUAIS
Amor e Monstros
O Céu da Meia-Noite
O Grande Ivan
Mulan
Tenet
Categoria super aberta, qualquer um pode ser consagrado. Não há aqui nenhum título que fora abraçado pela indústria para apontar qualquer resquício de favoritismo, então pode dar o drama espacial de George Clooney, “O Céu da Meia-Noite”, ou para o caótico “Tenet”, que nem Christopher Nolan entendeu. Ou pode acontecer uma zebra total.
Vai Vencer: “O Céu da Meia-Noite”.
Votaria em: “Amor e Monstros”.
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MELHOR SOM
Greyhound: Na Mira do Inimigo
Mank
Relatos do Mundo
O Som do Silêncio
Soul
Na fusão das categorias Melhor Mixagem de Som e Melhores Efeitos Sonoros, a comissão se dividiu em ótimas escolhas. O principal recurso de storytelling de “Greyhound” é o seu primoroso efeito sonoro; o design de som de “Mank” é muito bem feito e a brincadeira de se fazer mono audio em algumas passagens, remetendo ao princípio do cinema sonoro em 1930, é uma sacada divertida; “Soul” incorpora a sua trilha sonora com magnitude e dá ritmo à trama; já “Relatos do Mundo” se sobressai pelo esmero dos detalhes.
Quatro indicados de peso, mas quando se fala em “O Som do Silêncio”, o trabalho de som é sempre citado como uma de suas maiores qualidades, e no filme, é orquestrado de forma monumental.
Vai Vencer: “O Som do Silêncio”.
Votaria em: “O Som do Silêncio”.
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MELHOR CURTA-METRAGEM FICÇÃO
Dois Estranhos
Feeling Through
The Letter Room
O Presente
White Eye
Breves comentários sobre todos os indicados aqui.
Vai Vencer: “Dois Estranhos”.
Votaria em: “White Eye”.
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MELHOR CURTA-METRAGEM ANIMAÇÃO
Genius Loci
Ópera
Se Algo Acontecer… Te Amo
Toca
Yes-People
Breves comentários sobre todos os indicados aqui.
Vai Vencer: “Se Algo Acontecer… Te Amo”.
Votaria em: “Se Algo Acontecer… Te Amo”.
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MELHOR CURTA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO
Uma Canção para Latasha
Colette
A Concerto is a Conversation
Do Not Split
Hunger Ward
Breves comentários sobre todos os indicados aqui.
Vai Vencer: “Do Not Split”, mas “Hunger Ward” está colado na rabeira.
Votaria em: “Do Not Split”, que pode ser conferido abaixo na íntegra.
