Corretor de imóveis, uma profissão em ascensão
Na semana passada, comemoramos o Dia do Corretor de Imóveis (27/08) e eu estava comentando com minha equipe como essa é uma profissão maravilhosa, pois nos permite lidar, em 90% do tempo, com sonhos. Nós ajudamos pessoas a conquistarem sonhos, se sentirem realizadas e felizes. Isso é um privilégio de poucas profissões e por isso sou apaixonado pelo que faço.
Para comemorar os 59 anos de regulamentação da profissão no Brasil, na coluna desta semana quero compartilhar um pouco da história do corretor de imóveis e das características fundamentais para se obter sucesso nessa área — que ainda tem muito a crescer.
História e evolução do corretor de imóveis
Apesar de a atividade do corretor de imóveis ter início desde o Brasil colonial, só foi regulamentada em 27 de agosto de 1962, com o Decreto Lei nº 4.116, mais tarde substituído pela Lei Federal 6.530/78, que atualizou algumas normas e estabeleceu a formação dos Conselhos Regionais.
Apesar de ser uma atividade antiga, a profissão de corretor de imóveis ainda está em formação e passa por constantes mudanças. Se olharmos para um passado não tão distante, cerca de 20-25 anos atrás, para se tornar corretor bastava ter acesso à informação e muitos contatos. Era muito comum, por exemplo, que gerentes de banco aposentados se tornassem corretores de imóveis.
Após a Lei de 1978, para poder exercer a profissão não basta ter bom relacionamento e conhecimento, é preciso formação. É exigido diploma de Técnico em Transações Imobiliárias ou de curso superior em Ciências Imobiliárias/Gestão de Negócios Imobiliários.
Com o surgimento da internet e novas tecnologias, mais uma mudança no mercado. Agora, além de informação, contatos e diploma, o corretor de hoje precisa estar por dentro da tecnologia. Uma pesquisa divulgada em janeiro deste ano pela Facilita, em parceria com a Datastore, apontou que 84% dos corretores desejam se desenvolver em marketing digital e 70% dos corretores já investem em anúncios na internet.
Se por um lado a internet democratizou o acesso às informações, também criou barreiras para os que não querem se atualizar e aderir às novas tecnologias. Diante disso, vemos uma mudança no perfil do corretor de imóveis. Se antes os homens com mais de 50 anos dominavam o mercado, hoje temos muitos jovens e mulheres se destacando na profissão.
A conquista das mulheres
Até 1958, as mulheres eram proibidas de trabalhar como corretoras de imóveis. Somente com a revogação do Artigo 37 da Lei 556/50, elas passaram a ter o direito de trabalhar no mercado imobiliário. Hoje, segundo dados recentes do Sistema COFECI-CRECI, dos mais de 413 mil corretores de imóveis ativos, 34% são mulheres, ou seja, temos no Brasil mais de 143 mil profissionais.
O número é expressivo se considerarmos o passado, mas ainda há um campo enorme a ser explorado pelas mulheres.
Corretor: profissão em ascensão
O mercado imobiliário no Brasil está extremamente aquecido. Só no segundo trimestre de 2021 houve um crescimento de 114,6% de lançamentos e aumento de 60,7% nas vendas, em comparação com o mesmo período em 2020.
Em Maringá não é diferente. Em sete anos (2013-2020) a oferta de imóveis na cidade cresceu 76%, segundo dados do Secovi (Sindicato da Habitação e Condomínios).
Atualmente existem 1.800 corretores cadastrados no CRECI em Maringá. Por isso, eu digo: há muito campo de trabalho e oportunidades para os corretores de imóveis de todos os gêneros e idades e, mais ainda: existe uma carência gritante de profissionalização; os que se mantiverem atualizados e fizerem o trabalho com amor e dedicação, com certeza serão muito bem-sucedidos e irão conseguir sua estabilidade financeira criada no único mercado comercial que paga alavancado pelas cifras que rondam o mesmo.
Registro aqui os meus parabéns, mais uma vez, a esses realizadores de sonhos.
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