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26 de dezembro de 2025

Correção: Dólar cai após sete altas seguidas, cotado a R$ 5,5314


Por Agência Estado Publicado 26/12/2025 às 14h53
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A matéria enviada anteriormente, na terça-feira, 23, trazia uma incorreção na grafia do nome do entrevistado do head da mesa de câmbio e internacional da Mirae Asset Brasil. O correto é Jonathan Joo. Segue versão corrigida:

Após sete pregões consecutivos de alta, o dólar voltou a perder força ante o real e reverteu nesta terça-feira, 23, partes dos ganhos da segunda-feira, 22, em um movimento amplificado pela realização de dois leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra) pelo Banco Central. De uma oferta total de US$ 2 bilhões, o BC vendeu US$ 500 milhões. A operação, que não estava atrelada à rolagem de vencimentos, representou uma injeção de liquidez no mercado, que costuma ser reduzida pela semana de feriado.

Com a máxima de R$ 5,5975, o dólar fechou o dia cotado a R$ 5,5314, em baixa de 0,95%, próximo da mínima de R$ 5,5304. O dólar futuro para janeiro caiu 1,21%, cotado a R$ 5,5300. A moeda americana acumula valorização de 0,03% na semana e de 3,69% no mês, mas perde 10,50% no ano.

Na segunda, o dólar fechou cotado a R$ 5,5843 e chegou a bater o maior pico em cinco meses, a R$ 5,6072. As remessas de lucros e dividendos ao exterior e um posicionamento mais defensivo por parte dos investidores justificaram a necessidade dos dois leilões de linha do BC para limitar uma valorização mais expressiva da moeda americana.

O índice DXY, que mede a tração da divisa americana ante seis moedas fortes, fechou o dia em baixa de 0,34%, aos 97,948 pontos, após mínima aos 97,852 pontos.

Para o head da mesa de câmbio e internacional da Mirae Asset Brasil, Jonathan Joo, o leilão parcial feito pelo BC demonstra que a autarquia está confortável com o colchão atual. “Talvez o mercado tenha esperado uma posição um pouco mais direta para tirar a pressão do câmbio”, observa. “O que deixou claro é que o BC estava confortável com a venda de US$ 500 milhões”, acrescenta Joo.

Embora o dólar tenha passado a seguir tendência de desvalorização nesta terça-feira, o fator externo teve influência minoritária para provocar reações expressivas na moeda, segundo operadores. O Departamento de Comércio dos Estados Unidos divulgou nesta terça o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, que registrou alta anualizada de 4,3%, acima do esperado pelo mercado.

Em âmbito doméstico, o destaque foi a divulgação do IPCA-15 de dezembro, com alta de 0,25%, na margem, e de 4,41% no ano – abaixo do teto da meta de inflação de 4,5% e em linha com o consenso do mercado. Para Joo, da Mirae Asset, porém, a prévia da inflação brasileira também não foi o suficiente para impulsionar uma queda mais expressiva do dólar. Segundo ele, o cancelamento da entrevista do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao portal Metrópoles contribuiu para a perda de tração da divisa americana à tarde.

“O Bolsonaro ter cancelado a entrevista foi positivo porque existia uma preocupação em, eventualmente, o ex-presidente demonstrar um apoio mais explícito à candidatura do Flávio Bolsonaro, que ainda não é um nome muito forte”, observa. Com isso, os investidores adotaram posições defensivas para uma eventual piora cambial – o que não ocorreu.

A semana esvaziada com o feriado de Natal deve voltar as atenções dos investidores para os dados de pedidos de auxílio-desemprego dos Estados Unidos, a serem divulgados na quarta-feira, às 10h30, pelo Departamento do Trabalho.

Com o Legislativo e Judiciário em recesso, a expectativa dos analistas é por movimentos políticos relevantes no início do ano que vem, com eventuais notícias sobre a candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à Presidência da República. O próximo presidente do Federal Reserve, substituto de Jerome Powell, também estará no radar do mercado.

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