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19 de dezembro de 2025

Dirigente do Fed diz não ter senso de urgência para novas reduções dos juros nos EUA


Por Agência Estado Publicado 19/12/2025 às 11h59
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O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Nova York, John Williams, afirmou, em entrevista para a CNBC nesta sexta-feira, 19, que não possui “senso de urgência” para novas mudanças na política monetária americana e avaliou que, atualmente, ela está “em um bom lugar”. Segundo ele, a posição do Fed é boa para analisar dados.

“A política monetária é moderadamente restritiva e tem alguma margem para retornar ao ponto de neutralidade. Na minha opinião, a taxa de juros real neutra fica um pouco abaixo de 1% e estamos um pouco acima dela”, disse o dirigente.

Williams considerou que, com a inflação acima da meta, a atual abordagem é “útil” e que, eventualmente, acredita que os juros irão cair ainda mais, mas, agora, quer ver “como a economia irá performar”. Na ocasião, ele mencionou que se sente “bastante confiante” em relação ao cenário econômico base, apesar de 2025 ter sido um ano muito incerto, em sua avaliação.

Ele acredita que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano ficará entre 1% e 1,5%, mas que em 2026 haverá uma recuperação maior. Para ele, um maior crescimento da produtividade é positivo para a economia e, se for mantido, pode ser desinflacionário.

Williams também destacou que a inteligência artificial (IA) pode trazer mudanças para o mercado de trabalho e ponderou que ela deve transformar a maneira com que se trabalha atualmente. No entanto, ele disse não acreditar que a IA imponha um risco sistêmico para o sistema financeiro. “Se precisarmos ajustar a política monetária por conta da IA, eventualmente faremos isso, mas precisamos focar na economia e em alcançar o duplo mandato”, acrescentou.

O presidente do Fed de Nova York afirmou que o BC dos EUA não está realizando flexibilização quantitativa com compra de ativos neste momento e que o programa atual de compra de ativos do Fed “não tem como objetivo influenciar as taxas de juros de longo prazo”.

Dados encorajadores e mostrando maior desinflação

Williams também avaliou como “encorajadores” os novos dados econômicos americanos e disse que eles apontam para uma maior desinflação e continuação do processo. Por outro lado, ele demonstrou cautela sobre a recente leitura do índice de inflação CPI e citou que os números podem trazer distorções por conta da falta de coleta de dados pelo Escritório de Estatísticas de Trabalho (BLS).

“Os dados do CPI de novembro podem ter sido ligeiramente reduzidos e apresentaram algumas distorções. Serão necessários mais dados de mais ‘um ou dois meses’ para se ter uma leitura precisa da inflação, a de dezembro trará uma maior clareza”, afirmou o dirigente.

Em relação ao mercado de trabalho, Williams disse que a taxa de desemprego também pode ter sido “inflada por distorções, talvez em um décimo”, mas que não há indícios de uma deterioração acentuada nos dados de emprego.

“Os dados são, em geral, consistentes com as tendências recentes e com o recente corte da taxa de juros pelo Fed. Eles não alteram minha visão sobre as perspectivas”, pontuou ele.

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