26 de março de 2025

Faturamento do varejo cresce 8% em fevereiro ante 1 ano antes, diz IPV da HiPartners


Por Agência Estado Publicado 19/03/2025 às 17h07
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O faturamento nacional do varejo físico cresceu 8% em fevereiro neste ano, em relação ao mesmo mês de 2024. Os dados fazem parte da pesquisa Índice de Performance do Varejo (IPV), da HiPartners.

O fluxo de visitação apresentou crescimento expressivo, especialmente nas lojas de rua, que registraram alta de 18% na comparação anual, enquanto as lojas de shopping tiveram incremento mais moderado, de 3%.

Por região, o Norte destacou-se com crescimento de 11,15% no faturamento, seguido pelo Centro-Oeste (+9,87%). O Sul liderou o crescimento no fluxo de clientes (+28,70%), embora com desempenho mais modesto no faturamento (+6,45%).

O ticket médio geral, por sua vez, subiu 8,4%, com variações regionais e por tipo de estabelecimento. As lojas de shopping tiveram aumento de 10,2%, enquanto as de rua avançaram 8,0%.

O levantamento ainda destaca que o mês de fevereiro mostrou uma “retomada consistente”, após janeiro ter sido marcado pela sazonalidade tradicional de desaceleração no varejo. “O desempenho do varejo reflete um cenário de ajustes e consolidação”, disse o sócio da HiPartners, Eduardo Terra.

Em janeiro, o Varejo Restrito (que exclui veículos e materiais de construção) cresceu 3,1% na comparação anual, enquanto o Varejo Ampliado avançou 2,2%. Apesar disso, ajustes sazonais revelaram quedas moderadas no Varejo Restrito.

“O crescimento do Varejo Restrito e Ampliado na comparação anual mostra resiliência, mas as quedas sazonais indicam que desafios como a inflação de alimentos seguem pressionando categorias essenciais, como supermercados”, afirmou Terra.

Por outro lado, o executivo destaca que as dinâmicas de consumo tem sido redesenhadas pela elevação do imposto de importação para 20% em compras de até US$ 50, vigente desde agosto de 2024 no âmbito do programa Remessa Conforme.

Dados da Receita Federal, levantados pela pesquisa, mostram queda de 45,9% no valor aduaneiro de remessas internacionais entre julho e agosto de 2024, com recuperação limitada nos meses seguintes. “A mudança tem direcionado consumidores para varejistas domésticos, fortalecendo o mercado interno”, disse.

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