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19 de dezembro de 2025

Gerdau cancela estudo de investimento no México com incertezas sobre tarifas, diz CEO


Por Agência Estado Publicado 29/04/2025 às 20h01
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A Gerdau decidiu cancelar seu estudo de investimento em uma nova fábrica de aços especiais no México. O presidente da companhia, Gustavo Werneck, afirmou que o movimento de aplicação de tarifas de importação nos Estados Unidos deve trazer mudanças estruturais no mercado automotivo, que têm impacto na produção desse tipo de material no país mexicano.

“Nunca tomamos decisão de investimento baseada em governos. No entanto, esse tema das tarifas deve trazer uma transformação mais profunda no setor automotivo, do ponto de vista de fluxos de fornecimento. Vai haver uma reorganização. É cedo para entendermos. Nossa decisão passa pela incerteza de como se configurará a cadeia global automotiva”, afirmou Werneck.

O CFO da companhia, Rafael Japur, disse que a estimativa de mercado era de que o investimento fosse do patamar de US$ 600 milhões, o que elevaria o comprometimento de capex da companhia ao longo do tempo.

Werneck disse que a companhia segue avaliando a possibilidade de reduzir novas aprovações de investimentos no Brasil, a depender da decisão do governo brasileiro sobre o sistema de cotas e tarifas para a importação de aço, que vence em maio deste ano.

Ele afirmou que a companhia está em discussão com os responsáveis pelo assunto no governo federal, com a expectativa de que sejam anunciados novos mecanismos de defesa. Ele diz que dentre os temas debatidos pelo setor estão a possibilidade da adoção do modelo “hard quota”, no qual todo aço importado sofreria a imposição de tarifas.

Outro ponto é que a companhia entende que uma tarifa de 25% não traria competitividade para a indústria brasileira. Além disso, ele diz que há a possibilidade de inclusão de outros tipos de produtos no sistema de cotas e tarifas, como o vergalhão.

Werneck afirmou que em suas últimas interações com a presidência da República e, mais especificamente com o ministro e vice-presidente Geraldo Alckmin, esse foi o tema central das conversas.

“Será que vale a pena seguir investindo no Brasil, onde não conseguimos ter defesa?”, questiona Werneck. Ele diz que, com menos investimentos, a empresa poderia, por exemplo, ter mais capital para recomprar ações.

Ele reforçou, no entanto, que o desembolso já anunciado no ano, de R$ 6 bilhões, será executado como o planejado. A revisão em questão seria para os próximos anos.

“Temos condições manter esse nível de investimentos”, afirmou. No entanto, eleva avalia que, mesmo com condições financeiras para isso, a decisão pode ser oposta.

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