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16 de novembro de 2025

Tarcísio anuncia 1ª estação de abastecimento de hidrogênio renovável do mundo


Por Agência Estado Publicado 10/08/2023 às 20h08
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A construção da primeira estação experimental de abastecimento de hidrogênio renovável a partir do etanol do mundo foi anunciada nesta quinta-feira, 10, pelo Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI) da Universidade de São Paulo (USP). A iniciativa é uma parceria com a Shell, Raízen e Toyota. O anúncio contou com a participação do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

A planta-piloto do projeto será capaz de produzir 4,5 quilos de H2 por hora, possibilitando o abastecimento de até três ônibus e um veículo leve. Inicialmente, a previsão é que a estação já esteja em operação regular no segundo semestre de 2024.

O etanol é usado para gerar hidrogênio combustível para carros elétricos. O objetivo é escalonar a produção e atingir viabilidade econômica. O investimento é de R$ 50 milhões da Shell Brasil, obtido com recursos da cláusula de PD&I da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Tarcísio ressaltou o potencial de geração de energias renováveis no Brasil. “Agora o mundo se depara com mais incertezas, trazidas pela covid e pela guerra na Ucrânia. O mundo vai procurar parceiros confiáveis em geração de energia. O que o mundo precisa nós temos”, afirmou.

Segundo ele, a indústria automobilística no Brasil está no ponto de discutir o futuro e isso aponta para o modelo elétrico híbrido, com base em hidrogênio. “A logística para isso está pronta. Podemos ter um gerador em cada posto. E o grande problema para comprimir e transportar hidrogênio acabou porque vamos transportar etanol”, disse.

O presidente da Shell Brasil, Cristiano Pinto da Costa, afirmou durante o anúncio que o objetivo do projeto é “demonstrar que o etanol pode ser vetor para hidrogênio renovável, aproveitando a logística já existente da indústria”.

Ele ainda destacou que a tecnologia pode ajudar a descarbonizar setores que consomem energia proveniente de combustíveis fósseis, realizando uma mudança efetiva na indústria nacional.

“O Brasil tem condições de liderar no mundo a sustentabilidade por alinharmos agricultura, energia e engenharia, que vão se tornar cada vez mais importantes para vencermos os desafios que temos em relação a mudanças climáticas”, disse o diretor-executivo e científico do RCGI, Júlio Meneghini.

Meneghini destacou que o hidrogênio se torna uma grande oportunidade no mercado sustentável pela capacidade de ter uma pegada negativa, algo que, segundo ele, nem mesmo outras tecnologias que já existem são capazes. “A criação desse projeto é uma questão estratégica não só para a economia, mas para a sociedade brasileira.”

Participam também do desenvolvimento da estação como parceiros a Hytron, Senai CETIQT e a Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

O etanol será transformado em hidrogênio sustentável após ser submetido a temperaturas e pressões específicas por meio de um reformador a vapor desenvolvido pela empresa especializada em hidrogênio e energia Hytron.

Ao longo do funcionamento da estação experimental, os pesquisadores vão validar os cálculos sobre as emissões e custos do processo de produção de hidrogênio.

“O hidrogênio produzido do etanol passa a ter um papel ainda mais relevante e de elevado impacto para a transição energética do país e do mundo”, aponta o diretor comercial da Hytron, Daniel Lopes.

Daniel Maia, presidente da ANP, afirmou que a obrigação das empresas que exploram petróleo no Brasil em investir em pesquisa e desenvolvimento é uma das causas que levam a projetos como esse. Em 2022, R$ 4,4 bilhões vindos dessa fonte foram investidos em pesquisas. Atualmente, 190 instituições são capacitadas a receberem esse fundo.

Enquanto o projeto era apresentado no auditório da Escola Politécnica pelo governador, alunos da USP protestavam do lado de fora. Com gritos e cantos que chamavam Tarcísio de genocida, os estudantes cobravam respostas sobre as mortes em Guarujá durante a operação Escudo. Tarcísio vem defendendo a operação e publicamente eximindo os policiais de responsabilidade.

Na saída, questionado pelo Estadão sobre a manifestação dos alunos, ele se limitou a dizer: “Nem vi”.

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