Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

16 de dezembro de 2025

Defesa de Andrés Sanchez cita ‘espetacularização’ e pede que Justiça rejeite denúncia do MP


Por Agência Estado Publicado 17/10/2025 às 16h06
Ouvir: 00:00

A defesa de Andrés Sanchez protocolou uma petição na 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital pedindo a rejeição da denúncia apresentada pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) contra ex-presidente do Corinthians na esteira da investigação do uso indevido de cartões corporativos do clube. Ele é suspeito dos crimes de apropriação indébita, lavagem de dinheiro e falsidade de documento tributário.

Segundo o documento, ao qual o Estadão teve acesso, o advogado Fernando José da Costa, responsável pela defesa de Andrés, apontou “falhas na condução do inquérito” e fez duras críticas à “intensa espetacularização midiática” do caso. O ápice dessa conduta, segundo a defesa, foi a coletiva de imprensa “ostensiva e performática” organizada pelo MP-SP em 15 de outubro, na qual o promotor Cássio Roberto Conserino comunicou a denúncia do ex-presidente corintiano a jornalistas.

A defesa ainda questiona a imparcialidade do promotor, argumentando que ele, por ser publicamente identificado como “torcedor assíduo e, sendo assim, possivelmente associado do SCCP (Corinthians)” adotou a expressão “farra com o dinheiro dos associados”. Além disso, a linguagem da denúncia é criticada por resvalar em “juízos de valor”, como ao afirmar que a versão de Sanchez “beira o deboche”, substituindo a análise técnica por adjetivação.

Ainda de acordo com a petição, a defesa sustenta que a acusação se baseia em provas obtidas de forma irregular, como faturas de cartão de crédito e extratos bancários, que teriam sido requisitados diretamente ao Corinthians sem autorização judicial, violando o sigilo.

O advogado de Andrés afirma que o uso do cartão corporativo do Corinthians pelo ex-presidente não configura crime, mas, no máximo, uma questão administrativa. Ele argumenta que não havia regras específicas no clube sobre o uso do cartão e que o presidente tinha autonomia para decidir as despesas, que incluíam hospedagens, refeições e compras. Para eles, o MP-SP tenta criminalizar atos de gestão sem base legal.

Os critérios adotados pelo MP para apontar irregularidades também foi rebatido. A defesa destaca que Sanchez ressarciu o clube pelas duas despesas que reconheceu como pessoais, especificamente as viagens ao Rio Grande do Norte e a Fernando de Noronha, o que afastaria qualquer intenção de desvio de recursos.

Em relação à lavagem de dinheiro, os advogados afirmam que o MP confunde gastos pessoais com tentativa de ocultação de bens. Segundo eles, compras em supermercados, lojas de roupa ou joalherias, como as realizadas no Sonda, Brooksfield e H. Stern, são consumos normais e não configuram dissimulação. A defesa cita decisões do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que confirmam que o simples uso de recursos em despesas cotidianas não caracteriza lavagem de dinheiro.

A promotoria do MP-SP afirma que Andrés é responsável pela prática de apropriação indébita agravada continuada de valores e recursos da entidade desportiva usando dolosamente o cartão corporativo do clube. O valor total dos gastos analisados pelo MP-SP é de R$ 480.169,60.

De acordo com a denúncia, ele utilizou um conjunto de critérios legais, estatutários e de bom senso (“máximas de experiência”) para diferenciar as despesas de que seriam de interesse institucional do Corinthians daquelas de cunho estritamente pessoal. A diferenciação possibilitou que os crimes de apropriação indébita e lavagem de dinheiro dos valores da entidade fossem caracterizados.

Após a denúncia, Andrés Sánchez pediu afastamento por tempo indeterminado do Conselho Deliberativo (CD), onde tem a posição vitalícia, e do Conselho de Orientação (Cori).

O Corinthians afastou por tempo indeterminado o diretor financeiro Roberto Gavioli. Ele também foi denunciado pelo MP-SP pelos crimes de apropriação indébita e lavagem de dinheiro na esteira da investigação que apura o uso indevido de cartões corporativos do clube.

O MP-SP determinou que Andrés Sanchez e Gavioli devem ressarcir o clube em R$ 480 mil, por apropriação indébita, além de 75% do valor por danos morais. A Promotoria também ordenou bloqueio de bens e busca e apreensão em endereços do ex-presidente.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esportes

Veja a tabela completa de todos os jogos no Brasileirão 2026 do São Paulo


Com a divulgação do calendário e regulamento do Brasileirão 2026 pela CBF, na última segunda-feira, 15, o São Paulo conheceu…


Com a divulgação do calendário e regulamento do Brasileirão 2026 pela CBF, na última segunda-feira, 15, o São Paulo conheceu…

Esportes

Motorista que atropelou torcedores do Liverpool é condenado a 21 anos de prisão


Um motorista que feriu mais de 130 pessoas ao atropelar com seu carro uma multidão de torcedores que comemorava o…


Um motorista que feriu mais de 130 pessoas ao atropelar com seu carro uma multidão de torcedores que comemorava o…

Esportes

Veja a tabela completa de todos os jogos no Brasileirão 2026 do Palmeiras


O Palmeiras conheceu a tabela de jogos do Campeonato Brasileiro de 2026. Na última segunda-feira, 15, a CBF divulgou o…


O Palmeiras conheceu a tabela de jogos do Campeonato Brasileiro de 2026. Na última segunda-feira, 15, a CBF divulgou o…