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25 de abril de 2024

A fusão do mercado imobiliário com o mercado pet


Por Allan Cardoso Publicado 30/06/2021 às 20h35 Atualizado 02/02/2023 às 10h39
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Foto: Ilustrativa/Pixabay

Os animais de estimação têm influência cada vez maior no mercado imobiliário, sabia? Isso porque, segundo um estudo realizado pelo Conselho Federal de Corretores de Imóveis, em média 63% das pessoas têm ou gostariam de ter um pet. E para ter bicho em casa, é preciso espaço!

O Brasil é o segundo maior mercado pet do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. São mais de 130 milhões de animais nos lares brasileiros e a oferta de serviços e de produtos exclusivos para os animais de estimação cresce a cada dia. Não estou falando só de roupas ou nutrição animal – um espaço confortável para os animais de estimação em apartamento e em condomínios está entre as prioridades das famílias. A quantidade de filhos diminuiu e quase todos os lares têm um gato ou cachorro, e a presença deles levou o mercado imobiliário a investir em espaços específicos.

A tendência pet friendly está sendo adotada no mercado imobiliário já há alguns anos e pegou! Se condomínios antigos limitavam ou mesmo proibiam animais, hoje há locais projetados para que o dono possa brincar com o bichinho e até cuidar de sua higiene sem precisar sair de casa. Essas áreas dedicadas aos animaizinhos contam com nomes variados: pet care, pet play, pet garden, pet space… Seja qual for o nome que se escolha, as áreas comuns voltadas para os animais já fazem parte de projetos imobiliários e, para algumas famílias, fazem muita diferença na escolha do imóvel e conquistam na hora da compra.

O Superior Tribunal de Justiça, inclusive, já liberou a presença de animais domésticos em condomínios. A proibição só é válida para casos em que o animal representar risco à segurança, à higiene ou à saúde dos demais moradores. É direito do condômino usar, fruir e livremente dispor de suas unidades. Por isso, impedir esse direito, quando seguidas as devidas regras, é inconstitucional. Nem mesmo as regras internas podem sugerir tal proibição. Entretanto, é permitido haver regras, como a forma de conduzir os pets pelos corredores ou elevadores e adotar condutas relacionadas ao barulho e ao acesso de terceiros ao espaço interno, por exemplo – e cada morador deve ser adequadamente informado a respeito delas.

Mas não basta liberar, é preciso criar um ambiente acolhedor para essas famílias e seus pets. Essa tendência nos empreendimentos imobiliários em oferecer áreas dedicadas especialmente aos moradores de quatro patas inclui ambientes projetados com infraestrutura própria. De espaço com obstáculos e desafios para o pet brincar e gastar energia de maneira saudável a áreas de passeio ou banho sem precisar estressar o bichinho com as saídas para o petshop, tudo é pensado de maneira exclusiva para eles. E não estamos falando apenas de imóveis de alto padrão, essa adaptação está sendo feita no mercado como um todo e é um verdadeiro fenômeno. Tudo para agradar um público fiel e em constante expansão, que quer oferecer conforto e cuidados para os seus companheiros peludos.

Os pets já foram consolidados como membros das famílias e é preciso entender os cães e gatos como moradores dos empreendimentos. Mesmo assim, é importante ressaltar que esses espaços devem ficar afastados dos demais itens de lazer, tornando o ambiente do condomínio bem estruturado e ideal para todos os públicos.

Vivemos em uma era de transformações rápidas e constantes, com cada vez menos espaços extremamente amplos e distribuições pouco funcionais.O cenário é outro e o mercado imobiliário tem se remodelado e adaptado às novas necessidades. Os pet places seguem o lifestyle contemporâneo e vieram para ficar. A procura por mais qualidade de vida se estende a todos os membros das famílias, inclusive os pets. E a busca por imóveis que ofereçam uma infraestrutura completa para proporcionar esse bem-estar vai seguir aumentando.

QUEM É O COLUNISTA? Com 20 anos de atuação no mercado imobiliário, Allan Cardoso é empresário, consultor e mentor do mercado imobiliário à frente de imobiliária, loteadoras e construtoras.

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