Ano deve ser difícil para hotéis e parques de Maringá e região
Com parques aquáticos e hotéis vazios, Maringá e região enfrentam a quarentena tentando amenizar os impactos em função da pandemia da Covid-19. Os resorts Ody Park Aquático Resort Hotel e Hotel Fazenda Salto Bandeirantes, filiados ao Maringá e Região Convention & Visitors Bureau, localizados na região de Maringá, estão há cerca de um mês fechados.
“O que sabemos é que será um retorno gradativo”, disse o diretor do Ody Park, Odcleiton Melo. Segundo ele, o prejuízo somente nesse ultimo mês girou em torno de R$ 500 mil. “Calculamos um prejuízo bem grande, além das hospedagens no resort, perdemos os últimos dias com temperatura alta, que daria no mínimo três mil pessoas por fim de semana. Fora isso ainda temos os associados que não estão pagando a mensalidade”, disse.
Apesar disso, o Ody Park está apostando em pacotes especiais para o segundo semestre. “Estamos tentando trabalhar a captação de clientes para pelo menos garantir na parte do hotel uma taxa ocupacional bacana, mas ainda não estamos sentindo receptividade, esse período de incerteza está sendo bastante complicado. Vai ser um dos piores anos na questão de hotelaria e parques”, afirmou.
Já o Salto Bandeirantes decidiu não apostar em reservas futuras no momento. Segundo o diretor comercial do Salto Bandeirantes, Orival Centenaro, o foco é retornar as atividades de maneira gradual e aguardar o cenário dos próximos meses.
“O que pesa no nosso conceito é que não sabemos como tudo vai se comportar daqui para frente, se começarmos a fazer vendas e depois, por exemplo, em agosto, ainda estiver tudo fechado, pode ser mais prejudicial para nós se tivermos que reembolsar”, explicou. Orival destaca que o faturamento do resort desde o fechamento, no último dia 23, caiu 80%. “A maioria dos novos clientes não conseguimos reagendar, devolvemos dinheiro. Dos clientes que estavam agendados, cerca de 20% conseguimos remarcar para nova data”, disse.
Hotelaria
Os hotéis de Maringá estão fechados desde o dia 20 de março. Pesquisa realizada pelo Maringá e Região Convention & Visitors Bureau apontam que a taxa de ocupação deve ficar em 20% nos próximos três meses, em caso de reabertura. Isso porque mesmo com hotéis abertos, a circulação de clientes deve voltar de forma gradativa, segundo informou o gerente geral do Hotel Golden Ingá, filiado à entidade, Cláudio Crepaldi. No entanto, alguns hotéis afirmam que a procura por hospedagem continua. O setor encaminhou uma liminar a justiça pedindo a reabertura dos hotéis.
MRCVB
O Maringá e Região Convention & Visitors Bureau é uma entidade sem fins lucrativos que trabalha, há 16 anos, em prol do desenvolvimento do turismo de eventos e negócios em Maringá, beneficiando empresas filiadas e aquecendo a economia local. Atualmente reúne 130 empresas mantenedoras, divididas em cerca de 40 segmentos ligados ao trade turístico.
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