
O estudante e funcionário público Osvaldo Manieri Junior, de 26 anos, colou grau na licenciatura em ciências sociais no começo deste ano, antes da pandemia. Aí, com a chegada da Covid-19, decidiu seguir os estudos em busca da outra habilitação: a de bacharel na área. Ele começou o curso de forma remota, mas desistiu. Segundo Manieri Junior, não foi a mesma coisa.
“Eu acho que uma continuação relevante para minha desistência foi o aprendizado. Já havia colado grau em março e, a questão da qualidade, influenciou bastante. Não que os professores sejam ruins, mas o processo de ensino acontece através de interação e, no momento, a falta de contato com os colegas e professores é algo significativo”, explicou.
Formalmente, ele não trancou e nem cancelou o curso. Entretanto até este dia 20 de outubro de 2020 , 728 alunos da Universidade Estadual de Maringá haviam trancado a matrícula. 543 após o dia 16 de agosto, o primeiro do chamado ERE, o Ensino Remoto Emergencial.
A medida foi aprovada após muito debate na UEM. As aulas ocorrem de forma online – com um percentual podendo ser gravado. Foi uma maneira de dar início ao ano letivo em meio à Covid-19.
No comparativo com o ano passado, são quatro vezes mais trancamentos de matrículas. Em 2019 todo foram 149, indicando que uma das principais causas em 2020 seja essa forma de aula.
A próprio UEM já disse que ERE não é a melhor maneira, mas o que é possível. Computadores, celulares e chips internet com foram disponibilizados a alunos para auxiliar neste momento.
Atualmente, a universidade tem 14 mil alunos de graduação. As matrículas trancadas representam 5% do total.
Segundo o o diretor de assuntos acadêmicos da Universidade Estadual de Maringá, professor Carlos Humberto Martins, a instituição tomou algumas medidas para não prejudicar quem quisesse trancar os estudos. Uma delas foi a de que o ano trancado não irá contar na soma final de tempo máximo de graduação.
Ouça a reportagem completa na CBN Maringá.
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