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05 de outubro de 2024

Caso Samantha: principal suspeito é indiciado por latrocínio e aguarda julgamento


Por Letícia Tristão/CBN Maringá Publicado 28/02/2023 às 10h36
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Foto: Reprodução

O crime contra a vida de Samantha, que repercutiu em Maringá e levantou a discussão sobre a segurança pública na cidade, completa um mês.

O principal suspeito, Natan Henrique Gomes Ananias, de 22 anos, foi indiciado pelo crime de latrocínio, segundo a Polícia Civil. O inquérito foi concluído dez dias após a prisão.

O delegado responsável pelo caso, Luiz Henrique Vicentini, explica que, apesar de Natan não ter levado nenhum objeto da vítima, as evidências levaram a polícia por essa linha de investigação. Imagens de câmeras de segurança foram muito utilizadas na apuração, diz o delegado.

“Nós cumprimos as investigações dez dias após a prisão do principal suspeito e indiciamos pelo crime de latrocínio, em que há a violência voltada para a subtração patrimonial. No caso, apesar de não ter sido levado nenhum bem da Samantha, como houve o falecimento dela em decorrência dessa violência, nós entendemos que ficou caracterizado como esse crime e ele vai responder por isso”, conta o oficial.

“Nós trabalhamos com testemunhas, principalmente, um amigo da Samantha que estava próximo à ela no local do fato; também com análises de imagens câmeras de segurança; e depoimentos de outras pessoas que tinham conhecimento do caso”, completou.

Segundo Vicentini, houve contradição no depoimento de Natan e da principal testemunha do crime. No entanto, o inquérito foi concluído e o caso, agora, está com o Ministério Público. Natan permanece preso, aguardando os processos para o julgamento.

“A investigação foi concluída e encaminhada ao Ministério Público que, também, já entendeu da mesma forma e ofereceu denúncia contra ele por esse mesmo crime. Ele alegou que, na verdade, teria tentado roubar a Samantha e que já a conhecia de outra oportunidade, em que havia pedido dinheiro emprestado à ela, mas que acabaram discutindo e, durante essa confusão, acertou uma facada nela”, explica o delegado.

“Então, ele não negou, mas trouxe essa outra versão, que foi contradita por essa testemunha que estava próxima, que, desde o início, indicou para nós o objetivo da pessoa que cometeu esse crime, que era efetuar, primeiramente, a subtração do celular e, também, do dinheiro. Ele foi preso preventivamente, continua retido e vai responder por esse processo nessa situação”, complementou Vicentini.

O caso segue em segredo de Justiça. O advogado de Natan, Fausto Mochi, defende a tese de homicídio e não latrocínio. Novas testemunhas serão apresentadas pela defesa, diz o advogado.

“Nós, como defesa, não cremos no crime de latrocínio. Desde o início, os indicativos e as provas que nós temos a apresentar ao juízo, na verdade, demonstram o crime de homicídio. Então, nós vamos apresentar algumas testemunhas e vamos pedir, também, a inversão dessa questão da qualificação que foi imputada ao crime. Eu acredito que, logo após, o juiz irá analisar, decidir se ele vai permanecer com o crime de latrocínio ou mudar para homicídio e, então, ele deve começar a agendar para fazer as audiências”, afirma Mochi.

Samantha Campana, de 23 anos, foi morta no dia 29 de janeiro com uma facada, na Travessa Jorge Amado, região central de Maringá. A morte de Samantha repercutiu e ampliou o debate sobre segurança na área central da cidade.

Várias reuniões com entidades de classe, forças de segurança e associação de moradores foram realizadas ao longo do mês para tentar encontrar uma solução. Houve, inclusive, audiência pública e manifestação de moradores da Zona 7. O secretário de Estado de Segurança Pública, Hudson Teixeira, veio a Maringá e lançou uma operação de reforço na segurança na cidade.

A principal conclusão desses debates girou em torno da complexidade de solucionar o problema e da necessidade do envolvimento de todos os setores da sociedade nas ações.

Ouça a reportagem completa na CBN Maringá. 

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