O inverno começa na próxima sexta-feira, 21, e poucos dias depois o frio deverá ganhar força no Paraná. A informação foi confirmada pelo Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) ao GMC Online. Segundo o instituto meteorológico, será o primeiro resfriamento do inverno deste ano.
Segundo o Simepar, o tempo se manterá abafado nos primeiros dias da nova estação e também irá chover em algumas regiões do estado, para, na semana seguinte, o frio ganhar força. Em Maringá, o frio deve chegar no domingo, dia 23. A previsão é de queda brusca de temperatura, já que no sábado, dia 22, a temperatura mínima prevista é de 21ºC e no domingo deverá ser de 6ºC. O frio deverá chegar na cidade acompanhado de chuva – veja abaixo a previsão do Simepar para os próximos dias em Maringá.
O meteorologista Reinaldo Kneib, do Simepar, explicou que no ano passado o inverno foi diferente por conta de um fenômeno que estava atuando. Esse fenômeno agora já está se dissipando, por isso espera-se que as temperaturas sejam diferentes em 2024.
“O inverno foi quente ano passado. Tivemos a atuação do fenômeno El Niño, que favorece com que haja uma diminuição do predomínio das entradas de ar frio que são comuns no inverno. Esse ano, o fenômeno está se dissipando e a tendência é não estar mais atuando no inverno. Vamos ter um período de neutralidade, nos próximos meses, e depois a formação do evento La Niña que pode favorecer, no final da estação ou na primavera, algum frio tardio”, disse Reinaldo.
Apesar de entender que o frio em 2024 siga um padrão de inverno, o meteorologista explicou que não deve ser “o mais rigoroso” dos últimos anos.
“O inverno de 2024 a gente espera que seja normal. Em relação ao ano passado, com certeza vamos ter registros de mais ondas de ar frio e geadas. Serão mais períodos frios do que períodos quentes como a gente observou no ano passado”, disse.
Os efeitos da La Niña no inverno
Relacionado a eventos climáticos extremos como as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul, o fenômeno El Niño está chegando ao fim no Brasil. Boletim divulgado nesta quinta, 13, pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) informa que as condições de temperatura na superfície do Oceano Pacífico estão voltando à média climatológica, após um ano de elevação. O boletim prevê também a chegada do La Niña no segundo semestre.
No período do inverno brasileiro, que começa oficialmente daqui a uma semana, os primeiros efeitos da proximidade do La Niña serão mais evidentes no que se refere à umidade baixa, com poucas chuvas até meados da primavera, podendo se estender até o início de outubro.
O tempo seco persistente também favorecerá prováveis ondas de calor entre agosto e outubro – e vale considerar que o mundo todo vem de um ano inteiro com recordes de calor. Até lá, o frio pouco intenso deve prevalecer em grande parte do País.
Segundo a empresa Climatempo, as frentes frias e as massas de ar frio que as acompanham também ficarão mais frequentes com a atuação do fenômeno. Mas durante o inverno elas deverão esbarrar na grande massa de ar seco que se estabelecerá no interior do País – e já concentrou chuvas no Sul, como se viu durante todo o mês de maio.
Assim, a temperatura dentro e abaixo da média só é provável no extremo sul do Brasil. Áreas do Sudeste, como o Estado de São Paulo, terão aumento mais evidente no número de dias frios a partir de agosto, mas sempre alternando com períodos mais longos de temperatura acima do que normalmente é registrado.