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24 de abril de 2024

Em Maringá, abrigo ajuda ex-moradores de rua na busca por emprego


Por Nailena Faian Publicado 31/07/2018 às 13h07 Atualizado 17/02/2023 às 20h35
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Conseguir um emprego nos dias de hoje não é tarefa fácil. A economia do Brasil está retomando aos poucos, mas ainda assim a recolocação no mercado de trabalho é difícil. A situação é mais complicada para quem é ex-morador de rua.

O Abrigo Municipal Portal da Inclusão de Maringá tem capacidade para abrigar dez ex-moradores de rua do sexo masculino que querem ser reinseridos no mercado de trabalho. O local está cheio, com cinco já trabalhando e outros cinco em busca de emprego.

Mais seis homens aguardam na fila de espera. E essa fila, segundo a psicóloga Fernanda Marçal, que trabalha no abrigo há quase quatro anos, poderia ser maior.

“Para entrar aqui, a pessoa passa por uma triagem para ver se está apta, se tem as condições físicas e emocionais para conseguir um emprego. Quando entra no abrigo, ela fica entre seis meses e um ano. Então, muitas vezes, não tem como fazer mais triagens, porque não tem espaço para acolher mais pessoas”, explica.

Além de oferecer um local para dormir, tomar banho e fazer as refeições, o abrigo encaminha para cursos de capacitação gratuitos que vão facilitar a conquista de um trabalho.

Quando consegue o emprego, o morador tem um tempo para guardar dinheiro e arrumar outro local para morar. “Geralmente eles ficam até um ano, mas, nos dias atuais, por conta da dificuldade de encontrar trabalho, chegam a permanecer conosco até dois anos ”, lamenta Fernanda.

O abrigo funciona há 16 anos e já atendeu 208 homens. Muitos eram de outras cidades e não conseguiram emprego ao chegar aqui. Outros são ex-dependentes químicos que têm família, mas que quebraram o vínculo com os parentes por causa do vício.

Recentemente, um homem de 29 anos, ex-morador de rua e ex-dependente químico que estava no abrigo, conseguiu voltar para o mercado de trabalho. Para que mais pessoas como ele tenham essa oportunidade, o número de vagas precisa dobrar.

De acordo com a secretária de Assistência Social e Cidadania, Marta Regina Kaiser, o processo para dobrar o número de vagas já foi iniciado. Segundo ela, a equipe atual do abrigo tem capacidade para acolher mais pessoas. O mais urgente é comprar camas, colchões e outros móveis, que já estão em fase de licitação, conforme afirmou a secretária.

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