Empresa maringaense que fabrica vassouras como garrafas PET reduz produção

Uma empresa de Maringá que ficou famosa por fabricar vassouras com garrafas PET se viu obrigada a reduzir sua produção. Em meio à pandemia do coronavírus, o descarte de garrafas de plástico diminuiu e a empresa, que gera renda para famílias pobres, ficou sem matéria-prima.
A empresa surgiu da ideia de dois ex-professores da UEM: Jacira Reami e o marido dela. Os dois pensavam o seguinte: se uma garrafa PET leva 500 anos para se decompor no ambiente é porque é feita de um material muito resistente que precisa ser bem aproveitado.
Áureo, o marido de Jacira, desenvolveu máquinas para transformar a garrafa PET em vassouras, que duram até 40 vezes mais do que as tradicionais. No meio deste caminho, Áureo morreu, mas a empresa continuou sendo administrada pela Jacira, que não queria apenas fabricar um produto sustentável. Ela queria dar um sentido social ao empreendimento.
A empresa tem seis funcionários, mas os fios das vassouras são produzidos por internos de entidades assistenciais e idosos que com isso conseguem renda e ocupação.
A cada 6 mil vassouras produzidas, a empresa paga R$ 1500 reais. O problema é que com a pandemia, diminuiu o descarte de garrafas PET. E a produção de vassouras caiu também, diz Jacira.
“O nosso grande ‘calcanhar de aquiles’ é na coleta das garrafas. Apesar de termos o caminhão da coleta, recolhendo garrafas PET, ainda temos dificuldade em conseguir o produto. Atualmente, estamos enfrentando essa situação da pandemia, que dificulta ainda mais”, explicou.
A população pode ajudar armazenando garrafas PET para a empresa recolher. Mas é preciso que sejam grandes quantidades para compensar as viagens. Ou é possível entregar em pontos de coleta distribuídos pela cidade.
Para mais informações a empresa Nova Atitude Ecológica fica na Avenida das Grevíleas, número 211. O telefone é o 3026 4800. A empresa também está aberta à parceria com novas entidades.
Ouça a reportagem completa na CBN Maringá.
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