Gestor do Pequeno Príncipe participa de audiência pública sobre Hospital da Criança de Maringá
A audiência pública realizada na noite desta quarta-feira, 10, na Câmara Municipal de Maringá, tirou dúvidas sobre o funcionamento do Hospital da Criança de Maringá. José Álvaro Carneiro, diretor corporativo do Complexo Pequeno Príncipe, que administra o Hospital Pequeno Príncipe de Curitiba, esteve presente e seria um dos interessados na concessão do hospital maringaense.
O encontro foi de debates e sugestões sobre o processo de concessão do Hospital da Criança. Durante a audiência, representantes da administração municipal apresentaram o projeto técnico e econômico do Hospital. A concessionária deverá ofertar, no mínimo, 60% dos atendimentos a pacientes do SUS, além da destinação exclusiva às crianças e adolescentes de 0 a 18 anos com atendimento de média e alta complexidade e diagnóstico e tratamento de doenças raras.
Ao todo, seis empresas haviam manifestado interesse em participar da rodada de apresentações do Hospital, promovida desde segunda-feira,8,pela Fundação Ezute. O Complexo Pequeno Príncipe, no entanto, foi a única entidade que mandou um representante para a Audiência Pública nesta quarta. Já na parte final do encontro, José Álvaro Carneiro, diretor corporativo do Complexo, pediu a palavra para compartilhar algumas experiências do Hospital Pequeno Príncipe, que é considerado o maior hospital pediátrico do Brasil.
A estimativa, de acordo com a Agência Maringaense de Regulação (AMR), é de que o edital de concessão seja publicado em março. Até lá, a Prefeitura de Maringá e a Fundação Ezute, que foi contratada para a elaboração do projeto, irão avaliar as contribuições dos cidadãos que podem ser incorporadas ao contrato.
A unidade terá à disposição 144 leitos de enfermaria e 40 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), cujo funcionamento será dividido em três fases. Na fase inicial, relativa aos seis primeiros meses de operação, a unidade terá apenas 61 leitos de enfermaria disponíveis e não está prevista a abertura de nenhum leito de Unidade de Terapia Intensiva. Durante a exposição dos dados, a diretora-presidente da Agência Maringaense de Regulação, Maria da Penha Marques Sapata, falou sobre o assunto e disse que a divisão das operações é uma forma de garantir que a futura concessionária consiga buscar os credenciamentos necessários junto ao Ministério da Saúde.
As empresas interessadas em gerir o Hospital da Criança de Maringá precisarão comprovar experiência de, no mínimo, três anos na gestão de hospitais voltados para crianças e adolescentes e que tenham, pelo menos, 90 leitos, sendo 20 de UTI neonatal. O contrato prevê a concessão para a empresa ganhadora por até 10 anos, prorrogáveis por mais 10. O valor estimado da concessão é de R$ 31 milhões. A futura concessionária poderá explorar 40% dos atendimentos de forma particular ou por meio de convênios privados, além do recebimento da tabela SUS pelos atendimentos públicos e exploração comercial de outros espaços da unidade, como lanchonetes e estacionamentos.
O encontro foi transmitido pelo YouTube da Câmara de Maringá e está disponível na íntegra.