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27 de abril de 2024

‘Ghost Bikes’ homenageiam ciclistas mortos no trânsito, em Maringá


Por Rafael Bereta Publicado 01/01/1970 às 00h00 Atualizado 22/10/2022 às 09h14
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‘Ghost Bikes’ homenageiam ciclistas mortos no trânsito em Maringá
Foto: Arquivo Associação de Ciclistas de Maringá

No fluxo intenso de veículos que passam diariamente pelo cruzamento das avenidas Cerro Azul e Guedner, no Jardim Ipanema, em Maringá, uma bicicleta branca é encontrada servindo de memorial à morte de algum ciclista no local. Chamado de ‘ghost bike’ (ou bicicleta fantasma, em tradução livre do inglês), o monumento tem como objetivo manter viva a memória de ciclistas mortos em acidentes.

“As Ghost Bikes fazem parte de um movimento mundial, que tem o objetivo de instalar bicicletas brancas em locais de acidentes fatais com ciclistas. Entretanto, além de prestar uma homenagem a vítima que faleceu naquele local e evitar que seu atropelamento caia no esquecimento, ele serve também como um alerta aos condutores de automóveis, para que tomem mais cuidado com as vidas que pedalam pelas ruas”, afirma o ciclista da Associação de Ciclismo de Maringá, Eduardo Simões.

Para instalar as bikes, eles contam com doações de bicicletarias e de vaquinhas entre os integrantes. Parte das ghost bikes da cidade foram idealizadas por grupos de ciclistas ativistas.

Geralmente, para ser montada, a bicicleta precisa apenas ser pintada de branco e fixada no local orientado. Para evitar furtos, é recomendado deixar o veículo o menos “pedalável” possível, retirando pedaços do pneu, cabos, câmaras, freios, refletivos. Outra dica é passar muita tinta nas partes móveis, para imobilizar. Instalar em locais mais altos, como postes, também é outra recomendação. O ciclista Eduardo ainda ressalta que essa homenagem é feita a partir da autorização dos familiares. “Via de regra, é uma ação espontânea, então basta entrar em contato conosco”, disse.

Segundo a Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), de 2005 até o 1° semestre de 2022, a cidade registrou a morte de 88 ciclistas, todos vítimas de acidentes.

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Ao todo, sete ghost bikes já foram colocadas em Maringá, a primeira foi instalada em junho de 2013, após o atropelamento de um ciclista na Avenida Morangueira. Segundo Eduardo, três delas já não estão mais fixadas, foram depredadas ou caíram. Entre os locais que recebem o monumento estão a esquina da Avenida Brasil com a Avenida Riachuelo; a que fica na Avenida São Domingos, com a Avenida Tuiuti (em frente ao Colégio Estadual Branca da Motta Ferreira) e uma próxima ao posto G10, na PR-317. A primeira, instalada em 2013, por exemplo, já foi removida do local.

Ao todo, sete ghost bikes já foram colocadas em Maringá. Foto: Arquivo GMC Online

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