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19 de abril de 2024

Greve na UEM já passa de um mês


Por Victor Simião/CBN Maringá Publicado 30/07/2019 às 11h34 Atualizado 23/02/2023 às 16h38
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No dia 26 de junho, servidores da Universidade Estadual de Maringá aprovaram uma greve. Foi durante uma assembleia unificada, composta por diversos sindicatos. O principal motivo foi a negativa do governo em dar a recomposição salarial com base na inflação dos últimos 12 meses, de 4,94%.

Dias antes, com indicativo de greve aprovado na UEM e em algumas outras instituições estaduais, o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Júnior, disse que não aceitaria a pressão da categoria e que não daria o reajuste. Foi uma fala que deixou a mobilização ainda mais acirrada, e levou a aprovação da greve.

Um mês depois, pouca coisa mudou na UEM. O que aconteceu foi que em todas as universidades estaduais do Paraná a greve foi aprovada – algumas com mais adesão dos servidores do que em outras.

Até o momento, a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) retomou as atividades e a Unespar não suspendeu o calendário acadêmico. Cada cidade tem o seu próprio sindicato, o que varia a mobilização de uma universidade para outra.

Durante o mês de greve, houve divergências dentro das próprias categorias de servidores públicos. A APP Sindicato, que representa os servidores de rede estadual de ensino, entrou e saiu da greve. Algumas outras categorias menores do funcionalismo também.

A primeira proposta do Governo, no dia 03 de julho, de 0,5% neste ano, foi rejeitada por todos. Novas discussões foram feitas. No caso das universidades públicas, no dia 08 de julho houve uma negociação entre sindicatos e governo, que não avançou.

Aí, após várias rodadas, o Governo propôs 5,08% de reajuste de forma parcelada: 2%, com pagamento em janeiro de 2020, e as outras duas 1,5%, com pagamentos em janeiro de 2021 e janeiro de 2022, se houver disponibilidade financeira no caixa do Estado. Os servidores da UEM rejeitaram e aprovaram a continuidade da greve.

O presidente da Sesduem, Seção Sindical dos Docentes da UEM, disse que o período em greve tem sido de discussões e análises sobre as situação das universidades. Quanto ao reajuste, ele espera que o Governo protocole na Assembleia Legislativa para que novos debates sejam feitos.

Por conta da greve, as aulas na graduação estão suspensas. Os programas de pós-graduação continuam. No Hospital Universitário não são mais agendadas consultas e cirurgias eletivas. O Pronto Socorro segue funcionando normalmente.

Os servidores querem reposição de quase 5% neste ano. Sem reposição desde 2015, eles afirmam ter perdido 17% do salário no período.

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