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20 de abril de 2024

Maringá investiga um caso suspeito de hepatite misteriosa, diz secretário


Por Letícia Tristão/CBN Maringá Publicado 17/05/2022 às 17h26 Atualizado 20/10/2022 às 22h02
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Foto: Ilustrativa/Pixabay/Darko Stojanovic

O secretário de Saúde de Maringá, Clóvis Augusto Melo, afirmou que a cidade investiga um caso suspeito de hepatite misteriosa. O secretário falou sobre o assunto na Câmara nesta terça-feira, 17. Trata-se de uma doença de origem desconhecida, que inflama o fígado.

“Essa hepatite misteriosa começou a surgir no ano passado. Ela é uma inflamação no fígado de origem incerta. […] normalmente as hepatites são causadas por vírus dos tipos A, B, C, D e E, pode ser uma hepatite medicamentosa, ou por ingestão de álcool. No caso de crianças, a ingestão de álcool dificilmente se comprova. Quando você vê que não há uma hepatite de causa medicamentosa ou de causa viral e você não consegue estabelecer uma outra causa, tem que ser, imediatamente, comunicado ao Cievs (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde), para que ele encaminhe para o ministério da saúde, para que se faça o lançamento dos dados”, disse ele.

Segundo Melo, o Paraná descartou um caso da doença. “Eu vi, no último relatório do Cievs nacional, que havia um caso descartado no Paraná. Nós estávamos investigando um caso, aqui em Maringá, de uma hepatite que se iniciou há cerca de dois meses. A médica nos comunicou na semana passada sobre esse caso e espero que esse caso descartado seja justamente este que a gente estava investigando”, disse o secretário Clovis Augusto Melo.

Ouça a declaração na íntegra:

O que se sabe sobre a doença?

Segundo a OMS, a hepatite é uma inflamação que atinge o fígado causada por uma variedade de vírus infecciosos (hepatite viral) e agentes não-infecciosos. A infecção pode levar a uma série de problemas de saúde, que podem ser fatais. Os vírus comuns que causam hepatite viral aguda (vírus da hepatite A, B, C, D e E) não foram detectados em nenhum dos casos confirmados até agora, além de sua manifestação súbita e grave em crianças saudáveis ser considerada incomum.

Os sintomas dessa hepatite aguda são em sua maioria gastrointestinais e incluem dor abdominal, diarreia, vômitos e aumento dos níveis de enzimas hepáticas, além de icterícia (pele e/ou olhos com cor amarelada) e ausência de febre. Como a origem da doença ainda é desconhecida, o tratamento por enquanto se restringe a aliviar os sintomas, manejar e estabilizar o paciente, se o caso for grave.

Embora a síndrome atinja pacientes de até 16 anos de idade, a maioria dos casos está na faixa de 2 a 5 anos. O quadro das crianças europeias é de infecção aguda e a maior parte delas não havia se vacinado contra o coronavírus, o que descarta a princípio algum tipo de relação entre a doença e a imunização.

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), uma forma de prevenção contra a hepatite é seguir as medidas básicas de higiene, que incluem lavar as mãos e cobrir a boca ao tossir ou espirrar. A prática também pode proteger contra a transmissão do adenovírus, um vírus comum que pode causar sintomas respiratórios, vômitos e diarreia. Sua presença foi identificada nas crianças afetadas, mas a ligação entre as duas doenças ainda segue em investigação.

Com informações da Agência Estado

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