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19 de maio de 2024

No Dia Mundial do Cachorro-Quente, ‘dogão’ maringaense faz sucesso e coleciona histórias


Por Iasmim Calixto Publicado 09/09/2022 às 17h26 Atualizado 20/10/2022 às 17h21
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Foto: Arquivo GMC Online

Há quem diga que o dia 9 de setembro é o dia mundial do cachorro-quente, isso porquê a invenção dessa comida é atribuída a alemães e americanos, ainda nos anos de 1850. Em muitos lugares do mundo, há uma mística de que o prato foi criado exatamente neste dia – mas a data não é unânime e tampouco há registros sobre.

Segundo um artigo a revista Superinteressante, os alemães no século XIX começaram a produzir novos tipos de salsicha e anos depois um imigrante alemão levou a novidade gastronômica aos Estados Unidos, e foi por lá que nasceu o tão famoso hot-dog.

Que a comida se espalhou pelos quatro cantos do mundo e se tornou popular pela sua facilidade de preparo e ingredientes simples, isso é um fato. Mas o cachorro-quente, ou hot-dog, se tornou um prato ainda mais especial em terras brasileiras, especialmente em Maringá, no interior do Paraná.

A história de Maringá se confunde com a história do “dogão”, um dos pratos mais famosos da cidade. De acordo com o projeto Maringá Histórica, ainda na década de 1960 a comercialização do cachorro-quente já acontecia na Cidade Canção.

Ainda segundo o Maringá Histórica, entretanto, o ‘dogão prensado’ surge apenas na segunda metade da década de 1980 e foi na Avenida Brasil, cruzamento com a Avenida São Paulo, que um dos pratos favoritos de Maringá nasceu.

“[…] o lanche prensado surgiu do insight do proprietário de um carrinho de cachorro-quente localizado neste local, em prensar ou chapar o hot dog, aumentando assim o volume do sanduíche, além de incluir outros ingredientes não presentes no clássico fast food estadunidense”, diz o projeto que resgata a história maringaense.

A partir de 1989, o carrinho Au Au Lanches, localizado na esquina das avenidas São Paulo e Brasil, abraçou a ideia e também começou a prensar o pão na chapa.

Segundo o projeto, a chapa própria para prensar o lanche também é uma invenção maringaense, realizada a partir da popularização dessa prática.

Com esse sanduíche cada vez mais no gosto do maringaense, os cardápios começaram a se ampliar e o pão foi até adaptado para o lanche. Além disso, a diversidade de molhos e a criação da quase unânime maionese verde se deram nesse contexto. Saiba mais sobre a história do cachorrão em Maringá.

Lanchonete teve que mudar de nome por exigência da Disney

Em 2018, o então “Disnei Lanches”, fundado em 2004, recebeu uma notificação da Disney Enterprises, sediada na Califórnia, Estados Unidos, e precisou mudar de nome para não ser multado. O fato inusitado chamou a atenção.

O proprietário do estabelecimento, Ademir Padovan, lembrou em entrevista ao GMC Online em 2020, que recebeu uma notificação da Disney em sua residência. O documento dizia: “Por meio de uma breve pesquisa online, verificou-se que a Oposta vem utilizando sua marca com uma estilização idêntica àquela utilizada há anos pela Opoente. Como se verifica abaixo, os termos Disnei e Disney, além de praticamente idênticos, possuem exatamente a mesma grafia e fonte de letras, grafia esta consagrada e reconhecida mundialmente por pertencer à Opoente, a qual é protegida, inclusive, por Direitos Autorais”. Veja parte da notificação:

Após a notificação, a defesa de Ademir Padovan tentou negociar com a Disney. A proposta era colocar nomes como “Dinei”, “Dunei” ou “Dusnei”, mas a companhia não aceitou De acordo com ele, a empresa alegou que a pronúncia era similar, então, o Disnei Lanches virou Gaúcho’s Lanches, já que o apelido do proprietário é “Gaúcho”. Leia aqui a reportagem completa.

LEIA TAMBÉM – Redescobrindo o cachorrão de Maringá como sanduíche da saudade e de possibilidades infinitas

Dogão maringaense pelo Brasil afora

A originalidade da gastronomia maringaense também faz sucesso fora de Maringá? A fama do dogão cruzou cidades, estados e acredite, até mesmo as fronteiras brasileiras. Há registros de maringaenses que levaram o lanche para a Espanha, Paraguai, São Paulo e Santa Catarina.

Cachorrão prensado de Maringá faz sucesso na Espanha; mas sem maionese verde
Cachorrão prensado de Maringá faz sucesso na Espanha. Foto: Divulgação/Jack Masqdelicia Brasileña

Lanche típico de Maringá

Em 2017, o Projeto de Lei (PL) 10.435/17 declarou o cachorro-quente prensado lanche típico do município de Maringá. O projeto, que chegou a causar polêmica na época, teve autoria dos vereadores Belino Bravin e Alex Chaves.

O projeto foi aprovado em sessão plenária da Câmara de Vereadores e sancionado pelo prefeito Ulisses Maia em 7 de julho daquele mesmo ano.

Com informações da Revista Superinteressante e projeto Maringá Histórica.

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