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26 de abril de 2024

Pandemia: pedidos de seguro-desemprego batem recorde em Maringá


Por Dra. Juliana Franco Alonso Publicado 10/07/2020 às 13h28 Atualizado 24/02/2023 às 18h26
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Em Maringá, houve um aumento de 45% no período de abril a junho de 2020 em relação a 2019. Foto: Ilustrativa/Arquivo/Agência Brasil

A crise no mercado formal de trabalho agravada pela pandemia do novo coronavírus empurrou em torno de 9.538 maringaenses para o seguro-desemprego no período de abril a junho de 2020, maior patamar trimestral da série histórica, desde o ano 2000. Veja:

Fonte: Ministério da Economia

De acordo com dados do Ministério da Economia, o número de solicitações do seguro-desemprego aumentou 45% no período de abril a junho de 2020 em relação ao mesmo período de 2019, quando foram registrados 9.538 requerimentos frente 6.584 em 2019.  Na comparação de junho deste ano com de 2019, a alta foi de 29%, já na comparação de maio em relação a 2019, a alta chega a 70%.  O gráfico a seguir apresenta o comparativo do número de requerentes do seguro-desemprego de Maringá.

Fonte: Ministério da Economia

Ao comparar Maringá com as principais cidades paranaenses, verifica-se que Maringá possui o maior número de requerentes do seguro-desemprego por 100 mil habitantes no período de abril a junho de 2020, superando até mesmo a capital Curitiba, evidenciando um maior impacto das medidas de isolamento social na economia em Maringá, em relação aos outros municípios analisados. 

Fonte: Dados brutos do Ministério da Economia

No Paraná entre abril e junho de 2020 o número de solicitações do seguro-desemprego chegam a 155.372, com uma taxa de habilitação de aproximadamente 89%, com um custo para o governo em torno de R$ 414,86 milhões.  

Enquanto os desempregados do setor formal conseguem manter parte da sua renda por um período no máximo de cinco meses, por meio do seguro – desemprego, cujo valor médio das parcelas é de aproximadamente R$ 1.349 no Paraná, os desempregados do setor informal, que tende a ser de 2 a 3 vezes maior, ganham o auxílio do governo federal de R$ 600,00.

No entanto, até quando o governo irá conseguir sustentar a renda para os desempregados, se os mesmos não pararem de aumentar e se a economia não voltar a gerar a quantidade de impostos necessárias para manter o quadro de gastos do governo?  

Diante disto medidas e estratégias para a retomada do crescimento econômico frente a pandemia são uma questão emergencial. 

Texto assinado pela Dra. Juliana Franco Afonso

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