‘Primeira impressão é de esperança’, diz arcebispo de Maringá sobre novo Papa
Em entrevista coletiva, o arcebispo de Maringá Dom Frei Severino Clasen comentou a eleição do Papa Leão XIV desta quinta-feira, 8.
Segundo o arcebispo, o discurso inicial de Robert Francis Prevost é de esperança: “Construir pontes em vez de muros”. O Papa eleito é da ordem agostiniana, de caráter missionária e voltada às questões sociais, explica o arcebispo.
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“Mais uma vez, o mundo é surpreendido com um nome diferente daquele que foi tanto especulado. Agora nós temos um Papa norte-americano, mas com a mobilidade sul-americana, porque ele teve um grande trabalho na diocese de Chiclayo, no Peru. Um agostiniano que agora é Papa, e a primeira impressão é sempre de esperança”, declarou.
“Quando ele saúda pela paz, ao mesmo tempo ele retoma as palavras fortes de Francisco, de construir pontes, não muros. Ele também era considerado no Peru o bispo missionário. Isso nos dá esperança para o que o mundo precisa hoje, de verdadeiros missionários. Como os discípulos de Jesus foram os grandes missionários do Pai. Então isso nos traz uma esperança muito grande, para que também possamos dar continuidade a toda essa igreja que busca renovação, o diálogo no mundo tão conflitivo”, continuou.
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Analisando o perfil de Leão XIV, o arcebispo alerta para uma abordagem mais moderada, mas acredita na continuidade do legado de Francisco. Dom Severino também destacou o nome escolhido pelo novo pontífice, que resgata os feitos de Leão XIII.
“Ele é da Ordem Agostiniana, que tem uma grande dimensão da vida, da vida ativa dentro da dimensão missionária, como também aqueles que buscam uma vida mais contemplativa, da oração e meditação. E ele é aquele Agostiniano que é missionário, que caminha levando a paz para o mundo. […] Será uma continuidade, talvez, em alguns momentos, um pouco mais conservador. Mas eu acredito que, na essência, não vai mudar, não. Pelos termos que ele utilizou. Ele utilizou, muitas vezes, o termo da paz”, explicou Dom Serverino.
“Eu me surpreendo com o nome Leão XIV. O Leão XIII, que fez a virada do século XIX para o século XX, foi o primeiro Papa que faz uma encíclica sobre a doutrina social, sobre as questões sociais. Quer dizer, o primeiro Papa que se preocupa com o mundo social. E agora ele escolhe o nome Leão XIV. Eu tenho uma esperança e, ao mesmo tempo, uma expectativa que ele dará continuidade a essa igreja que é de Cristo. Então, a continuidade sempre tem que ser essa. A primeira fala é a continuação de Jesus Cristo, mas um jeito de Francisco de Assis, o jeito de Leão XIII”, concluiu o arcebispo de Maringá.
