VÍDEOS: Árvores ‘choram’ e intrigam moradores de Maringá; entenda
As árvores choram? Quem passa por algumas ruas de Maringá tem notado um fato curioso: árvores de algumas regiões, como a Zona 7, parecem que estão ‘chorando’. Dos galhos, pingam as gotas percebidas por quem passa a pé ou de carro.

O fenômeno, no entanto, nada mais é do que a ação de alguns insetos. Ocorre o ano todo, mas se intensifica em períodos de mais calor, como no início da primavera e durante o verão. Isso porque em tempo mais abafado, a reprodução dos insetos aumenta.
Os bichinhos são do tipo hemípteros, a exemplo de pulgões, cochonilhas e percevejos. Assim, eles se concentram e consomem a seiva das árvores, tanto na forma de larva quanto na forma adulta, e excretam um líquido adocicado que acaba pingando dos galhos.
“Quando fica mais calor, há mais chance de o fenômeno acontecer. As populações de insetos aumentam nas árvores, elas sugam a seiva e excretam o excesso, que é um líquido açucarado. Então, podem cair gotas, como uma torneira aberta, e se formar uma espuma branca nos galhos”, explica o engenheiro florestal do Instituto Ambiental de Maringá (IAM), Maurício Sampaio.
Os insetos atingem árvores como as tipuanas, que são comuns nas redondezas da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e em outras vias da Zona 7, onde suas copas formam túneis sobre as ruas.
Veja vídeos das árvores que’ choram’
Líquido inofensivo
Segundo o engenheiro, o líquido não é tóxico, portanto não representa riscos para a saúde, mas a recomendação é evitar a ingestão.
A substância, contudo, pode grudar nos carros, mas a remoção pode ser feita facilmente, apenas com água.
“Os insetos podem afetar a sobrevida da árvore, mas só em situações extremas, o que não é o caso. Por não ser nada extremo, não é necessário controle. Podemos conviver bem com esses insetos e com esse fenômeno, que até acaba ajudando aves que se alimentam do líquido excretado”, diz Sampaio.