Especialistas reforçam alerta sobre jogo responsável em meio à legalização das apostas e cassinos
Com a legalização das apostas online no Brasil, o mercado cresceu e, consequentemente, trouxe preocupações para alguns especialistas, atentos aos impactos na saúde pública, psicologia e políticas sociais.

O aumento no número de jogadores que usufruem de títulos como Fortune Tiger mostra como a indústria cresce em meio à regulamentação. Saiba quando apostar e quando parar.
Nesse cenário de popularização das apostas esportivas e outras modalidades de jogos de azar, o alerta sobre os riscos associados ao jogo problemático se intensifica, já que esse comportamento pode afetar profundamente a vida de indivíduos e suas famílias.
A regulamentação do setor físico também está em pauta e caminha para ser aprovada. A proposta prevê a liberação de operações presenciais para cassinos, jogo do bicho, bingos e corridas de cavalos, desde que sob regras específicas.
Especialistas falam sobre o assunto
Diante da expansão do mercado, especialistas têm reforçado o apelo por uma regulamentação mais rígida, com destaque para a necessidade urgente de estabelecer limites claros à publicidade, sobretudo aquela voltada a jovens e grupos vulneráveis.
André Gelfi, diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR), destacou a importância de normas bem definidas para o setor, com foco na proteção coletiva.
“Queremos que o mercado esteja sob regras. Isso traz proteção ao esporte, às pessoas e aos cofres públicos. É fundamental que as plataformas identifiquem padrões que possam indicar problemas, como alterações financeiras significativas, e ofereçam meios de autoexclusão e orientação”, alertou
Outro ponto crucial mencionado pelos especialistas são as campanhas de conscientização pública sobre os riscos do vício em jogos de azar, com ênfase na prevenção e no acesso a informações sobre apoio e tratamento.
Nesse sentido, Plínio Lemos Jorge, presidente da Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL), ressaltou a importância da conscientização.
“A ANJL tem feito campanhas nas redes sociais para educar apostadores quanto à função principal dos jogos on-line: diversão e não meio de ganhar dinheiro ou fonte de renda”, alertou.
Algumas ações já estão em andamento. Atualmente, todas as campanhas publicitárias do setor incluem mensagens de conscientização, reforçando que as apostas devem ser vistas como entretenimento, e sempre com moderação.
Com expansão, apostas tem pontos de atenção
A facilidade de acesso às plataformas é um dos pontos que mais preocupam, principalmente pelos riscos psicológicos e sociais associados ao hábito de jogar.
Com apenas alguns cliques, qualquer pessoa pode entrar em uma plataforma de apostas. Isso exige uma fiscalização constante para impedir que menores de idade acessem os sites usando contas de terceiros. Para isso, a verificação de identidade e segurança torna-se essencial.
Outro alerta importante é o jogo compulsivo, que pode agravar transtornos mentais já existentes ou mesmo desencadear novos quadros. Para evitar ou reduzir esses impactos, é necessário implementar medidas de apoio eficazes para quem precisa de ajuda.
A regulamentação dos jogos online no Brasil já está em vigor, enquanto o setor presencial avança em direção a um desfecho positivo. Ainda assim, o alerta permanece: o crescimento deve vir acompanhado de responsabilidade, controle e proteção aos jogadores.