O clássico Sonho de Valsa deixou de ser identificado como um bombom? A reposta é: sim. O doce de mais de 86 anos de história, é comercializado desde 2022como wafer. A decisão veio da Mondeléz, proprietária da Lacta e fabricante do produto. O motivo? Reduzir os impostos pagos.
Anteriormente classificado como bombom devido ao seu formato e embalagem, o Sonho de Valsa estava sujeito a uma tributação de 5% de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Para contornar isso, a Mondeléz adotou uma embalagem mais hermética, enquadrando o produto como ” “Produtos de padaria, pastelaria ou da indústria de bolachas e biscoitos”, que tem tributação zero.
Portanto, essa mudança está em conformidade com a legislação, permitindo que a empresa economize no IPI do produto.
O tradicional ex-bombom Sonho de Valsa foi lançado em 1938 e mantém sua receita original até hoje: um recheio de massa de castanha de caju envolto por uma fina camada de wafer, coberto com chocolate meio amargo e ao leite. A alteração não afeta a composição do produto, apenas o nome.
Sonho de Valsa deixou de ser bombom. E estratégia não é novidade
Essa estratégia não é novidade no mercado. Marcas como Garoto e McDonald’s já adotaram táticas semelhantes. Em 2021, o bombom Serenata de Amor também foi reclassificado como wafer. O McDonald’s alterou a denominação de seu sorvete para bebida láctea, que possui isenção de PIS/Cofins.
Desde 2015, chocolates e sorvetes são tributados com uma alíquota de 5% sobre o preço de venda. Isso abre espaço para as empresas explorarem diferentes categorias no sistema tributário brasileiro, visto que o enquadramento do produto pode determinar a alíquota de imposto aplicável.
As informações são do Estado de Minas