11 de julho de 2025

Barroso: Delator ‘psicografou mensagem dizendo que não foi bem defendido pela polícia de SP’


Por Agência Estado Publicado 13/11/2024 às 22h03
Ouvir: 02:54

Em meio ao grande impacto da ação violenta de pistoleiros armados que executaram a tiros de fuzil o empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, delator do PCC, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luís Roberto Barroso, encontrou espaço para fazer uma brincadeira na sessão desta quarta, 13.

Durante o julgamento da ADPF das Favelas, Barroso dirigiu-se ao ministro Alexandre de Moraes e disse. “O denunciante do PCC psicografou uma mensagem dizendo que não foi bem defendido pela polícia de São Paulo.”

Foi uma resposta de Barroso a um comentário de Moraes sobre a possibilidade de a Polícia Militar de São Paulo ter defendido o Supremo no dia 8 de janeiro, quando bolsonaristas invadiram a Praça dos Três Poderes e depredaram instalações do Palácio do Planalto, do Congresso e da Corte. Na ocasião, a PM do Distrito Federal não impediu a marcha dos radicais.

Vinicius Gritzbach foi executado na última sexta, 8, com 10 tiros no aeroporto de Guarulhos quando desembarcava de uma viagem a Maceió. Na sessão do STF, Moraes tomou a palavra para defender a necessidade de uma Promotoria de controle externo da atividade policial.

Ele pontuou. “Todo mundo reclama da Polícia Militar, mas quando a coisa aperta todo mundo chama.” Em seguida, o ministro Gilmar Mendes acrescentou. “Não foi a Polícia do DF que veio defender o Supremo”. O comentário do decano provocou risos no plenário da Corte.

Alexandre de Moraes, que foi secretário de Segurança Pública de São Paulo, retrucou. “Se fosse a Polícia Militar de São Paulo, isso não teria acontecido, posso garantir.”

Em uma discussão descontraída, o presidente da Corte tomou a palavra para contrapor Moraes e falou da ‘mensagem psicografada’ que, segundo ele, foi enviada ao STF pela vítima do ataque no aeroporto.

O plenário do Supremo seguia com o julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) n° 635, conhecida como ADPF das Favelas, protocolada em 2019 pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB). Sob a relatoria do ministro Edson Fachin, o mérito da ação trata da adoção de um plano para redução da letalidade nas operações policiais no estado do Rio de Janeiro.

Nesta quarta-feira, o relator da ação apresentou o relatório do caso, seguido pelas sustentações orais das partes envolvidas, como o PSB, o Estado do Rio e o Ministério Público fluminense.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

O que se sabe sobre morte de menina de 11 anos após queda de penhasco no RS


Uma criança de 11 anos caiu em um dos abismos do Cânion Fortaleza, no Parque Nacional da Serra Geral, em…


Uma criança de 11 anos caiu em um dos abismos do Cânion Fortaleza, no Parque Nacional da Serra Geral, em…

Geral

Moradora de Paraisópolis diz que homem foi morto pela PM no quarto da sua casa


Andréa não sabe quando – e se – vai voltar para sua casa, em Paraisópolis, zona sul de São Paulo….


Andréa não sabe quando – e se – vai voltar para sua casa, em Paraisópolis, zona sul de São Paulo….

Geral

Justiça inglesa manda advogado de vítimas de Mariana identificar financiadores até dia 25


A corte inglesa onde corre uma ação compensatória contra a BHP Billiton pelo desastre de Mariana determinou que o escritório…


A corte inglesa onde corre uma ação compensatória contra a BHP Billiton pelo desastre de Mariana determinou que o escritório…