Influenciadora do DF ajuda outras mulheres tetraplégicas a recuperar autoestima

A luta da brasiliense Beatriz de Lima por inclusão e representatividade é inspiradora e traz uma reflexão muito importante sobre amor próprio. A influenciadora de 25 anos usa sua história para incentivar a autoestima de outras mulheres que, assim como ela, são portadoras de lesão medular.
Beatriz perdeu os movimentos das pernas em abril de 2021, quando sofreu um acidente de carro. A jovem ficou internada durante dois meses na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Lá, passou por algumas cirurgias. À época, os exames revelaram que ela teve uma lesão em nível C6/C7 que a deixou paralisada da cervical para baixo, deixando-a tetraplégica.
“A medula, explicando de forma simplificada, conecta o cérebro ao restante do corpo, sendo responsável tanto por enviar, quanto por receber estímulos. Quando a estrutura é fraturada, o indivíduo pode perder a força, a sensibilidade e ainda ter dores crônicas em todo o corpo”, explica o neurologista e neuroimunologista do Hospital Brasília, Thiago Taya.
Depois de alguns meses no hospital, Beatriz recebeu alta e começou o processo de reabilitação no Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília. Por lá, a jovem iniciou diferentes tratamentos, até que conseguiu recuperar parcialmente os movimentos dos braços.
“Eu fiquei muito tempo na cama, parada. Então, quando eu pude sentar e começar a fazer as coisas que eu fazia antes do acidente, acabei decidindo mostrar a minha rotina e produzir conteúdos voltados para beleza para incentivar outras mulheres com tetraplegia”, diz Beatriz.