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16 de maio de 2024

Na pequena ilha brasileira dominada por 15 mil cobras, a jararaca evoluiu e tem veneno mais letal


Por Redação GMC Online Publicado 23/03/2024 às 08h39
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Por mais de um século, cientistas têm desvendado os mistérios de uma ilha pequena situada no litoral sul de São Paulo, abrangendo 43 hectares. Conhecida como Ilha da Queimada Grande, está localizada a cerca de 35 km da costa de Itanhaém (SP) e abriga aproximadamente 15 mil cobras jararacas-ilhoas, o que lhe rendeu o apelido de Ilha das Cobras.

Foto: Reprodução/Pesca com Bill

Devido à abundância de cobras venenosas, o acesso à ilha é proibido ao público em geral, dada a periculosidade do ambiente. Geralmente, apenas pesquisadores associados ao Instituto Butantan e outras instituições de ensino e pesquisa autorizadas exploram a região.

Veneno mais potente e letal: Cobras jararacas evoluíram na ilha

As jararacas encontradas exclusivamente em Queimada Grande evoluíram ao longo do tempo devido ao isolamento da ilha, desenvolvendo características únicas e distintas. Essas jararacas-ilhoas (Bothrops insularis) passaram a se alimentar principalmente de aves, uma vez que não há roedores na ilha. No entanto, elas têm preferência por aves migratórias que transitam pelo local em determinadas épocas do ano, enquanto as aves residentes parecem ter desenvolvido estratégias para evitar as jararacas-ilhoas.


As jararacas ficaram isoladas na Ilha da Queimada Grande há aproximadamente 11 mil anos, após o período da era glacial. Com o aumento das temperaturas, o nível das águas subiu e separou o território do continente, levando consigo um certo número de jararacas. Ao longo desse período, essas jararacas isoladas passaram por processos de adaptação e diferenciação em relação às suas congêneres que permaneceram no continente, resultando em características únicas e distintas das encontradas em outras regiões.

Foto: Otavio Marques/Butantan

Outra peculiaridade das jararacas-ilhoas é sua tendência a habitar principalmente árvores, facilitando o processo de caça. Além disso, possuem uma coloração amarelada e uma cabeça proporcionalmente maior em comparação com as jararacas do continente.

O veneno das jararacas da ilha possui efeitos semelhantes ao das jararacas comuns, porém apresenta mutações em sua composição que estão sendo estudadas pelos cientistas. Acredita-se que essas mutações possam até contribuir para a produção de medicamentos.

De acordo com especialistas, o veneno dessas serpentes é até 20 vezes mais potente do que o das jararacas comuns. Além disso, estudos indicam que o veneno da jararaca-ilhoa é capaz de causar a morte em seres humanos em até seis horas após a picada, mostrando uma adaptação para suas presas específicas.

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Outra diferença, é que as jararacas-ilhoas também são ligeiramente menores, alcançando entre 0,5 e 1 metro de comprimento, enquanto o tamanho médio da jararaca comum (Bothrops jararaca) varia de 1,2 a 1,6 metros. No entanto, o Instituto Butantan afirma que essa espécie pode alcançar até 2 metros de comprimento.

Cobras dormideiras também são encontradas na ilha.

Com informações são do Metrópoles, parceiro do GMC Online

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