Morador questiona atendimento na UPA de Sarandi

O autônomo Elieser dos Santos entrou em contato com a reportagem com uma reclamação sobre o atendimento que a filha dele teve na Unidade de Pronto Atendimento em Sarandi. No domingo, 30, ela foi até o local com sintomas gripais, problemas no paladar, mas sem febre. O médico recomendou um antibiótico, mas não o exame de Coronavírus. A filha do autônomo estava com sintomas desde sexta-feira, 28.
Na segunda, 31, ainda com os mesmos incômodos, ela voltou à UPA. Mesmo sem ser consultada, perguntou sobre a possibilidade de fazer o exame. A resposta foi não. Nesta terça-feira, 1º, ela fez o exame de PCR em uma clínica privada. O resultado deu positivo para a Covid-19.
Foi por isso que Elieser dos Santos acionou a nossa equipe. Como o poder público pode controlar o coronavírus se às vezes entende a doença como gripe?, questionou.
“Atendida na UPA, o médico afirmou que ela estava apenas com uma gripe forte, que não precisava fazer o teste. Mas por que receitaram antibióticos se era só uma gripe forte? Deram um atestado de 5 dias, mas ficamos sabendo que, quando a suspeita é de Covid, deve ser de no mínimo 14. Após isso, mandaram ela para casa”, afirmou.
A reportagem entrou em contato com a direção da UPA em Sarandi. Os responsáveis preferiram não gravar entrevistas, mas um deles disse que irá enviar uma nota.
Em resumo, a direção informou que o diagnóstico é feito pelo médico, então cabe a ele saber o que recomendar. Além do mais, disse que no prontuário da mulher havia ao menos um conflito de informação, o que poderia ter gerado alguma falha de comunicação.
O município garante ter capacidade de fazer exames em casos de suspeita.
Sarandi tem mais de 900 casos confirmados de coronavírus e 14 mortes até esta terça.
Atualização em 3 de setembro, às 11h:
A direção da Unidade de Pronto Atendimento se manifestou por meio de nota. O texto foi enviado à CBN na noite desta quarta-feira, 2.
Nele, informou que a paciente foi atendida segundos os protocolos do Ministério da Saúde, e o que aconteceu foi o resultado de um desencontro de informações dadas pela paciente “no acolhimento e posteriormente ao médico que prestou o atendimento.”
O texto segue dizendo que a UPA tem capacidade humana e material para fazer os exames de detecção da Covid-19 e que a unidade está pronta para fazer o melhor e reconhecer falhas “quando assim forem notadas”.
Ouça a reportagem completa na CBN Maringá.
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