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26 de abril de 2024

Em 10 anos, região de Maringá registrou mais de 47 mil casos de dengue


Por Monique Manganaro, com informações da Agência Brasil Publicado 10/04/2020 às 19h11 Atualizado 23/02/2023 às 11h51
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Em tempos de pandemia de coronavírus, torna-se comum virar os olhos apenas para o risco iminente da doença que se espalhou pelo mundo. No entanto, alguns perigos antigos seguem fazendo parte da sociedade e continuam fazendo vítimas. No Paraná, dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) mostram a incidência da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

Segundo levantamento feito pela reportagem do GMC Online, de agosto de 2010 a março deste ano, as cidades que pertencem à 15ª Regional de Saúde, incluindo Maringá, confirmaram 47.150 casos de dengue. No mesmo período, a doença matou 35 pessoas.

Os números da Sesa mostram, ainda, que o os meses mais críticos da doença nos 10 anos analisados são de agosto do ano passado a março de 2020, quando foram contabilizados 13.172 casos. Desses, 3.590 confirmações ocorreram apenas em Maringá, onde sete pessoas morreram por dengue.

Na história da doença em Maringá, o período mais crítico talvez tenha sido em 2007, quando quase seis mil casos foram confirmados. O “status” de epidemia já era realidade. Em 2010, com a crescente confirmação de doentes por dengue, o alerta de epidemia foi novamente declarado.

Doença no Brasil

A ameaça representada pelo Aedes aegypti talvez seja mais antiga do que muitos possam imaginar. O mosquito que também transmite a febre amarela, a febre chikungunya e o vírus Zika é originário do Egito, na África, e vem se espalhando pelas regiões tropicais e subtropicais do planeta desde o século 16. No Brasil, segundo pesquisadores, o vetor chegou ainda no período colonial. “O mosquito veio nos navios com os escravos”, explicou a pesquisadora do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, Margareth Capurro, em entrevista à Agência Brasil.

De acordo com o Instituto Oswaldo Cruz, o Aedes aegypti foi descrito cientificamente pela primeira vez em 1762, quando foi denominado Culex aegypti. O nome definitivo veio em 1818, após a descrição do gênero Aedes. Em território nacional, desde o início do século 20, o mosquito já era considerado um problema. À época, no entanto, a principal preocupação era a transmissão da febre amarela. “Na campanha contra a febre, o Aedes aegypti foi erradicado do Brasil usando inseticida químico”, lembra a pesquisadora.

Porém, não demorou muito para o mosquito voltar e se espalhar pelo extenso território brasileiro. Em meados dos anos de 1980, o Aedes aegypti foi reintroduzido no país, por meio de espécies que vieram principalmente de Cingapura.

Conforme informações da Secretaria de Estado da Saúde, considera-se caso suspeito de dengue o paciente que apresente febre de início súbito, com duração máxima de sete dias, acompanhada de pelo menos dois dos seguintes sinais e sintomas: cefaléia, dor no fundo dos olhos, dor muscular ou articulações, fraqueza ou exantema (erupção cutânea que ocorre em doença aguda provocada por vírus). Pode haver, ainda, sangramento.

A recomendação é que, caso uma pessoa sinta a presença desses sintomas, procure a unidade de saúde mais próxima.

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