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25 de abril de 2024

Paranaenses ainda recebem ‘sementes misteriosas’ da China


Por Creative Hut Publicado 24/09/2021 às 23h04 Atualizado 20/10/2022 às 17h21
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Paranaenses ainda recebem 'sementes misteriosas' da China
Morador de Ibaiti recebeu pacote de sementes da China na semana passada. Foto: Adapar

Após um ano, as “sementes misteriosas” da China continuam chegando ao Paraná. O caso mais recente registrado pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) ocorreu em Ibaiti, município localizado no norte pioneiro, na semana passada. Ao receber o pacote via Correios, o morador enviou para análise da Adapar. O material chegou na sede do órgão, em Curitiba, no dia 15 deste mês.

De acordo com o gerente de Sanidade Vegetal do órgão, Renato Blood, as sementes recebidas estão contaminadas com algum fitopatógeno. “Essa a primeira vez que percebemos sementes visivelmente com danos. É possível perceber nas fotos, em tamanho aumentado, que elas estão contaminadas com algum fitopatógeno. Isso nos mostra que são sementes de péssima qualidade, o que aumenta o risco de entrada de novas pragas”, destacou em entrevista ao GMC Online. Fitopatógenos são microrganismos causadores de doenças em vegetais.

Paranaenses ainda recebem 'sementes misteriosas' da China
Foto em tamanho aumentado das sementes contaminadas com fitopatógeno. Foto: Adapar

Desde quando as ‘sementes misteriosas’ da China começaram a chegar ao Estado, em setembro do ano passado, a Adapar recebeu 90 pacotes do material vegetal, enviados por moradores de diversos municípios paranaenses: Maringá, Curitiba, Londrina, Paranavaí, Ponta Grossa, Campo Mourão, Mauá da Serra, São José dos Pinhais, Foz do Iguaçu, Goioerê, Jandaia do Sul, Medianeira, Umuarama e outros.

Mas a quantidade de sementes de origem estrangeira no Estado reduziu drasticamente neste ano, segundo Renato Blood. Antes da situação registrada em Ibaiti, a Adapar não recebia pacotes de sementes há quase três meses. O último havia chegado na sede do órgão no dia 23 de junho deste ano, enviado por um morador de Pato Branco. Outro chegou na mesma semana, em 21 de junho, vindo de Cascavel.

A redução no número de pacotes de sementes de origem estrangeira se deve à fiscalização feita pelo Ministério da Agricultura nos Correios, como explica o gerente de Sanidade Vegetal da Adapar.

“Após identificar que as sementes apresentavam risco de entrada de novas pragas, o Ministério da Agricultura intensificou a fiscalização nas agências dos Correios, inclusive com cão farejador para fazer a identificação de material vegetal. Isso foi feito em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, que recebe as mercadorias de fora do País. Ao identificar as sementes, o próprio Ministério da Agricultura destrói esse material, o que freou bastante a entrada no Estado. As sementes acabam não chegando na mão da população”, frisa.

Foto: Adapar

Receosa, ao receber mercadorias desconhecidas, a população paranaense passou a enviar automaticamente para a Adapar. Com isso, materiais que não eram de origem biológica, como botões metálicos, anéis e peças de relógio, também foram enviados ao órgão.

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