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09 de maio de 2024

Ginecologista preso em Maringá é professor da UEM; veja nota emitida pela universidade


Por Redação GMC Online Publicado 12/03/2024 às 15h37
 Tempo de leitura estimado: 00:00
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O ginecologista Hilton José Pereira Cardim foi preso acusado de abusar de pacientes durante consultas. Foto: Reprodução/Redes sociais.

A Universidade Estadual de Maringá (UEM), emitiu uma nota a respeito do ginecologista preso nesta segunda-feira, 11, acusado de abusar de pacientes durante consultas. A UEM informou que ele é professor do Departamento de Medicina da Universidade – leia abaixo a nota na íntegra:

NOTA DE ESCLARECIMENTO
“A respeito do médico ginecologista Hilton José Pereira Cardim, preso nesta segunda-feira, 11 de março, suspeito de abusar sexualmente de pacientes, a Assessoria de Comunicação da UEM informa que, como professor do Departamento de Medicina da Universidade Estadual de Maringá, não foi constatada nenhuma denúncia nem aberto nenhum procedimento administrativo disciplinar em relação ao mesmo. Os fatos relatados, motivadores da prisão, não se reportam, portanto, ao comportamento do médico dentro da UEM”.

O caso

Foi preso nesta segunda-feira, 11, o ginecologista que estaria abusando sexualmente de pacientes durante consultas em Maringá. Ele estava sendo investigado pela Polícia Civil.

Segundo a delegada da Mulher responsável pelo caso, Paloma Batista, no mês de fevereiro foi cumprido um mandado de busca e apreensão. “Foram apreendidos alguns dispositivos eletrônicos e também documentos, que fundamentaram a representação por prisão preventiva que foi cumprida na data de hoje, associada também ao relatos de novas vítimas que procuraram a nossa especializada no decorrer desse mês”, explica. Segundo a delegada, atualmente há oito vítimas cadastradas no procedimento. “A primeira é do ano de 2011. Nós temos vítimas também do ano de 2012, 2015, 2019, 2022 e 2023. Tem vítimas ali que são do mesmo ano”, diz.

Também nesta segunda-feira foi expedido um outro mandado de busca e apreensão. Segundo a delegada, foi apreendido um DVR e alguns documentos que serão periciados, o que poderá apontar novas vítimas. “Inclusive, após o cumprimento do mandado de prisão uma vítima já entrou em contato com a unidade. Vai ser formalizada a declaração dela”, explica.

Conforme a delegada, a prisão preventiva será reavaliada periodicamente pelo juiz e agora a polícia tem um prazo de dez dias para finalizar as investigações.

Modo de agir do ginecologista

Conforme a delegada, todas as vítimas relatam o mesmo modus operandi do profissional. “Nas primeiras consultas elas iam acompanhadas do marido, do namorado, depois de um tempo elas pegavam confiança no profissional e elas passaram a ir sozinhas. Nesse momento que elas estavam sozinhas o médico falava ali que realizaria o procedimento de ausculta, a vítima estava na posição vertical, ele se posicionava atrás dela e ficava friccionando o órgão genital. Elas relatam também que ouviam ali a respiração ofegante do médico, elas davam um passo a frente, ele seguida, isso durava aproximadamente um tempo de cinco a dez minutos. Todas relatam essa mesma história”, relata.

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O ínicio

No início de fevereiro, quatro mulheres já haviam procurado a delegacia. As investigações começaram há oito meses, após relatos das pacientes indicarem o mesmo modo de agir do ginecologista durante as consultas. Ele teria encostado o pênis ereto em uma delas.

Na época, a delegada Paloma Batista disse que as vítimas e testemunhas já haviam prestaram depoimento. “Está em trâmite aqui na Delegacia da Mulher de Maringá o inquérito policial e está sendo apurada a prática do crime de violação sexual mediante fraude praticado em tese por um médico que atendia aqui na cidade e no inquérito já foram ouvidas quatro vítimas e elas relatam os mesmos modus operandi e a mesma forma de agir”, explicou.

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão na residência e no consultório do ginecologista. Os itens apreendidos vão passar por perícia, diz a delegada. “Foram apreendidos alguns dispositivos eletrônicos e documentos e tudo será periciado. Ele será intimado para ser interrogado futuramente”, afirmou na época.

Mais denúncias

Posteriormente, mais três mulheres entraram em contato com a Polícia Civil para denunciar o médico. Segundo a delegada Paloma Batista informou na época, o número de denúncias já havia chegado a sete, e poderia, inclusive, aumentar nos próximos dias. “Nós estamos recebendo as denúncias e fazendo uma triagem, a medida que os casos aparecem, novas vítimas tomam coragem e procuram a polícia. Todas serão ouvidas para esclarecer os fatos”, disse ao GMC Online na época.

Segundo caso em Maringá

Em dezembro do ano passado, o ginecologista de Maringá que responde judicialmente por mais de 40 denúncias de violação durante consultas foi liberado para prisão domiciliar.

O que diz o médico

Segundo a delegada, o médico já foi interrogado e negou os fatos. “Diz que é um profissional renomado na cidade, que todas as consultas e exames eram acompanhados por uma enfermeira, por uma assistente, que em nenhum momento ele ficava sozinho com as pacientes ali no consultório”, diz. A reportagem tenta contato com a defesa do médico. O espaço está aberto.

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