Decretada prisão preventiva de médico suspeito de abusar de pacientes em Maringá


Por Redação GMC Online e CBN Maringá
Justiça decreta prisão preventiva de ginecologista de Maringá. Foto: Reprodução/Redes sociais.

A Justiça decretou a prisão preventiva do médico ginecologista de Maringá, Felipe Sá Ferreira, acusado por 36 mulheres de abuso sexual durante consultas em Maringá.

O médico está preso desde o dia 15 de junho e agora a prisão temporária foi convertida em preventiva. O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), negou pedido liminar de habeas corpus. Portanto, o Tribunal decidiu que o ginecologista deveria aguardar o andamento do processo preso temporariamente.

O inquérito enviado ao Ministério Público contém a denúncia de 36 mulheres, mas segundo o delegado responsável pelo caso, Dimitri Tostes, Delegado da Mulher de Maringá, ao todo, 42 mulheres disseram que foram abusadas pelo médico durante consultas ginecológicas. Entretanto, nem todas quiseram formalizar a denúncia.

O consultório do médico fica em um bairro nobre da cidade e ele era atuante nas redes sociais, onde falava sobre empoderamento feminino.

De acordo com o delegado, uma das pacientes teria sido hipnotizada pelo profissional.“Em um dos casos ele tentou empregar a hipnologia, para reduzir a capacidade de compreensão da vítima, solicitando que ela fizesse toques sexuais. Em outro caso, durante um exame ginecológico, ele passou a massagear a zona sexual da vítima. Naturalmente ela identificou essa incorreção do ato e pediu para que encerrasse a consulta”, disse o delegado Dimitri Tostes.

O delegado disse que no momento da consulta apenas médico e paciente ficavam na sala, ou seja, não havia nenhuma funcionária acompanhando o procedimento, como é de praxe em muitos consultórios médicos.

Início das investigações

De acordo com o delegado, a investigação começou há cerca de oito meses, a partir do comparecimento de três vítimas à Delegacia da Mulher. “Esses casos aconteceram entre os anos de 2021 e 2022 e, a partir do momento em que elas [as vítimas] se sentiram encorajadas para relatar esses fatos, compareceram na unidade no início do ano. Elas, de forma bem firme e harmônica, descreveram o comportamento do médico, o que aconteceu dentro do consultório dele”, explica Tostes.

A defesa do médico

A CBN entrou em contato com a defesa do ginecologista e os advogados dele disseram que vão emitir uma nota oficial no período da tarde.

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